Mercado mundial reduz movimento

Segundo dados da FAO e do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos analisados pelo economista Patrício Méndez del Villar, do Cirad, da França, o comércio mundial de arroz deverá apresentar uma retração de 3% ao longo de 2015, seja pela crise econômica mundial, pela recessão em países produtores e alta dos custos pela valorização global da moeda estadunidense ou pela evolução produtiva em algumas nações importadoras.

“A previsão é de que o comércio mundial fique em torno de 44 milhões de toneladas em base casca”, explica. Mas alerta que há uma chance da comercialização global avançar nos meses finais do ano por uma possível reativação da demanda asiática, o que poderia mantê-lo estável ou próximo disso.

No boletim mensal que divulgou no início de outubro, Patrício Méndez del Villar destaca que em 2014 o comércio mundial cresceu 13%, atingindo pela primeira vez 45,3 milhões de toneladas métricas de arroz, diante de 40,1 milhões de toneladas alcançadas em 2013. “A demanda de importação africana manteve-se forte, bem como nos países do Sudeste Asiático, aproveitando os preços mundiais mais baixos para consolidar os estoques de segurança, que são importantes para a economia e a estabilidade política na região”, sustenta.

FIQUE DE OLHO
Tanto a produção quanto o consumo, o comércio mundial e o estoque abordados pela FAO levam em conta o arroz em casca total independentemente do tipo. Com isso, os volumes são referentes não apenas ao longo fino, mas envolvem também grãos médios, curtos e de variedades especiais, como arbóreos e aromáticos (jasmine e basmati), entre outros.

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