Mesmo oscilando, preços futuros mantêm tendência de queda em Chicago

 Mesmo oscilando, preços futuros mantêm tendência de queda em Chicago

Foto Brian Baer

(Por Cleiton Evandro dos Santos, AgroDados/Planeta Arroz) Os contratos futuros do arroz em casca na Bolsa de Chicago, nos Estados Unidos, estão sentindo a pressão de safra na medida em que a colheita avança nos seis estados produtores, mas sofre pequenas oscilações relacionadas à expectativa de menor oferta nesta temporada e também por fatores pontuais, como preço dos fretes, danos na estrutura de embarques do Porto de Nova Orleans, e necessidade de redirecionar embarques para Lake Charles, na Louisiana. No início da tarde desta quarta-feira (8/9) a referência dos contratos para novembro eram de US$ 13.295, marcando -0.040% de variação. O contrato curto, para setembro, bateu US$ 13.030 (-0.070%), sempre por quintal curto  (Cwt = 45,36kg).

Sendo assim, depois do feriado do Dia do Trabalho, em seis de setembro, nos Estados Unidos, nesta terça-feira os futuros encerraram negociações com cotações médias mais altas do que na sexta-feira, mas com o movimento dos preços sendo considerado fraco. A colheita avança no sul dos EUA. A terça-feira foi mais um dia de baixo volume de negócios e novos contratos, já que os traders também estão esperando os relatórios de produção do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos mais ao final desta semana.

Em geral, a estimativa de quebra na safra aumentou. Se o USDA indicava 11% de redução de área, a cadeia produtiva já fala em algo entre 15% e 18%, baseando-se em intercorrências negativas, por causa do clima que dificultou o manejo de invasoras e pragas, durante a temporada. Tratou-se de uma safra muito úmida, com alguns atrasos no plantio e uma redução da superfície semeada em razão das melhores projeções de cotações da soja e do milho.

Na Califórnia houve restrição de água para a irrigação, enquanto no Texas, Mississippi e Louisiana as precipitações foram excessivas em alguns momentos. O Arkansas também esteve mais úmido, mas as condições gerais de 68% da área a ser colhida estão entre boas e excelentes; 7% entre ruim e muito ruim e 25% em condições “regulares”.

O analista Jack Scoville, da Price Futures Group, explica que um dólar americano mais fraco foi ignorado neste mercado. A colheita continua na Louisiana e no Texas, mas as operações estão bem mais atrasadas do que a média no Mississippi e Arkansas. Os relatórios iniciais de produção e relatórios de qualidade são considerados “dentro do aceitável” no Texas e bons na Louisiana.

Excesso de impurezas e sementes estranhas – de invasoras – foi relatado no Texas, mas o problema não é considerado importante porque a indústria consegue eliminá-lo no processamento. Espera-se que o ritmo da colheita seja lento devido às chuvas em curso em ambas as regiões. Indicações de rendimentos dentro da média esperada são ouvidas em Arkansas e Mississippi. As condições de cultivo foram mistas, na melhor das hipóteses, com muitas áreas recebendo chuva em excesso, razão pela qual não há uma estimativa tão otimista com relação aos resultados finais. As vendas se recuperaram bem com a volta das demandas do Iraque e do Haiti, e um bom volume de compra da Venezuela.

As tendências dos contratos futuros da Bolsa de Chicago são mistas. O suporte é em 1320, 1308, e 1299 para contratos de novembro, com resistência em 1348, 1358, e 1368.

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