MINAS COLHERÁ muito menos arroz

 MINAS COLHERÁ muito menos arroz

Lavoura mineira: menor nesta safra

Clima e preços encolheram a lavoura mineira .

A cada novo número divul-gado, o quadro fica mais preocupante. A projeção de plantio de 92,5 mil hectares da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) já representava redução para a safra anterior, mas Minas Gerais acabou semeando uma área ainda menor. Conforme dados do Sindicato das Indústrias do Arroz (Sindarroz), liberados no começo de fevereiro, o estado cultivou cerca de somente 72 mil hectares com o cereal. Para piorar, as altas temperaturas registradas neste verão deverão provocar uma quebra na esperada produção de pouco mais de 200 mil toneladas.

“A escassez de chuva prejudicou bastante as lavouras, principalmente aquelas de terras altas”, destacou o presidente do Sindarroz, Jorge Tadeu Meirelles, acrescentando que os produtores não haviam feito grandes investimentos para esta safra, empregando pouca tecnologia e utilizando sementes crioulas. Tudo por conta do desânimo com a atividade, que se mostra cada vez menos lucrativa. Pelo contrário, uma grande parte dos agricultores, por conta dos altos custos e dos baixos valores de venda do cereal no mercado, chegou a pagar para plantar arroz no ano passado.

Por isso, era natural que houvesse diminuição na área cultivada. Só que não se esperava uma diferença tão grande: 35,36% na comparação com a safra 2004/2005. “Essa queda é um reflexo direto do baixo preço de mercado para o cereal”, analisa o melhorista de arroz da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), Plínio César Soares, destacando que os agricultores estão preferindo outros produtos, como a soja e o milho, que se mostram mais atrativos financeiramente. A troca foi verificada tanto em regiões de terras altas como em várzeas.

Preços
Mesmo com a redução na área plantada e a quebra na produção provocada pela seca, Plínio Soares acredita que o preço não irá subir muito, pois ainda há grande quantidade de arroz estocada da colheita passada. O presidente do Sindarroz, no entanto, tem opinião contrária e espera uma reação do mercado. A expectativa é que o saco de cinco quilos, hoje no valor de R$ 6,00, no máximo, passe a ser vendido nos supermercados a R$ 9,00 ou R$ 10,00. 

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