Modernização à vista

 Modernização à vista

Reforma do porto ampliará o calado e permitirá ingresso de grandes navios

R$ 97 milhões serão
investidos em Rio Grande,
e o arroz ganha com isso
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A boa notícia é que este aparente cenário “caos logístico” deverá começar a ser revertido já a partir de 2014, com o início das obras de modernização do cais do Porto Novo, construído há 97 anos. Em setembro, foi publicado no Diário Oficial da União o aviso de licitação para a contratação de empresa de engenharia especializada para execução das obras de modernização do cais público do porto.

A nova estrutura, de acordo com a Superintendência do Porto de Rio Grande (SUPRG), permitirá o aprofundamento dessa área operacional e possibilitará que seus operadores portuários utilizem novos e maiores equipamentos de carga e descarga de mercadorias. Uma primeira etapa de 450 metros já foi executada. A segunda etapa abrange 1.125 metros de cais. Essa obra dará ao Porto de Rio Grande, nesse trecho de cais público, a melhoria necessária para atender o mercado nos próximos 50 anos. A melhoria promovida no cais do Porto Novo também trará reflexos na receita operacional da SUPRG, qualificação nas atividades portuárias do estado e uma melhor remuneração aos trabalhadores portuários.

A obra, estimada em R$ 97 milhões (conforme previsto na licitação), deverá ser concluída no segundo semestre de 2015. O superintendente do Porto de Rio Grande, Dirceu Lopes, acrescenta que, a partir de 2014, acontecerá um processo de dragagem permanente, que deve proporcionar ao porto ter a maior calagem do Brasil. “Com isso, teremos a capacidade de receber os maiores navios do mundo e seremos, certamente, o mais eficiente e eficaz do país”, garante.

Para o presidente da Federarroz, Henrique Dornelles, a obra deverá trazer um avanço para o estado. “Não é possível um terminal portuário ficar tanto tempo sem qualquer obra estrutural. Como estamos no extremo do Brasil, devemos ter excelência em logística. Não podemos esquecer que nossos clientes estão, no mínimo, a 1.000 quilômetros de distância”, pondera o dirigente.

Segundo Dornelles, nos últimos anos, o Brasil tem mostrado alto grau de competitividade para atender a demanda mundial, especialmente de países da África e da América Latina, por conta da qualidade do grão produzido no Sul e da estrutura criada para este fim. “Hoje, o mercado doméstico também está ligado à comercialização internacional, uma vez que nos tornamos um importante país exportador e, há pelo menos cinco anos, integramos a lista dos 10 maiores fornecedores de arroz do mundo”, destaca.

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