Movimentação de contêineres de arroz no Tecon Rio Grande

A movimentação de cargas por contêineres é um processo ágil e seguro de transporte de mercadorias, possibilitando maior controle da carga, reduzindo perdas e avarias. O Rio Grande do Sul conta com um moderno terminal para a movimentação de contêineres (Tecon) no Porto de Rio Grande, disponibilizando esta importante alternativa logística para o transporte de arroz tanto por cabotagem para outros estados como também de longo curso (exportações).

O Tecon conta com um cais de 900 metros, permitindo a carga e descarga de três navios, com um calado de 12,5 metros, contando com acesso ferroviário e rodoviário, além do transporte fluvial pela Lagoa dos Patos. A movimentação de cargas de arroz tem apresentado incremento nos últimos anos tanto de cabotagem (navegação pelo litoral brasileiro) como de longo curso (exportação).

Constata-se que a taxa de crescimento médio da movimentação de contêineres no período de 2007 a 2012 foi de 13,25%, sendo que a maior parcela da movimentação deveu-se à cabotagem (76,7% no período), porém tanto esta como a navegação de longo curso cresceram no período.

No ano de 2013, o movimento de cabotagem foi 12,8% superior ao mesmo período de 2012 (janeiro a setembro), porém o movimento de longo curso foi 40,3% inferior e o movimento total também caiu em 2,8%, (apesar da elevação da cotação da moeda norte-americana nos últimos quatro meses de 4,48%).

A figura 4 demonstra a evolução da navegação de longo curso da movimentação de contêineres no Tecon de Rio Grande em 2013 (até setembro, comparado a 2012).
O principal destino da navegação de cabotagem é a Região Nordeste do país, com a média de 90% do volume movimentado, seguido da Região Norte, onde, em 2013, já alcançou 9% deste total até o mês de setembro.

O volume transportado aos outros portos da Região Sul não é significativo, pois o transporte pela malha rodoviária, devido à menor distância, é o que predomina. Para a Região Sudeste, existe um pequeno volume transportado por cabotagem, chegando a atingir os 4% em 2013 (números de setembro), predominando ainda o transporte rodoviário, seguido da malha ferroviária, onde o principal destino é o estado de São Paulo para Santa Cruz do Rio Pardo, Ourinhos e Ipaussu.

A movimentação de contêineres de arroz em relação ao total (tanto de importação como para exportação) vem aumentando (figura 5), era de 7,71% em 2007, chegando a 15,05% em 2011, e em 2013 (dados até setembro) chega a 14,37%, demonstrando que este modal vem ganhando mais espaço na logística de transporte do arroz, notadamente na cabotagem. Analisando apenas as exportações e cabotagem, o crescimento também tem sido mais relevante, passando de 9,66% em 2007 a 19,95% em 2010, permanecendo neste patamar em 2012 e em 2013 (até setembro), 19,94%.

O transporte de cabotagem apresenta menor custo que o rodoviário para longas distâncias, além de conferir maior segurança à carga transportada. A logística do transporte do arroz é de fundamental importância para levar a nossa produção a outros mercados (tanto nacional como internacional), aumentando a sua competitividade para o qual temos competência na produção e beneficiamento, ofertando um produto da mais alta qualidade aos consumidores.


Figura 4 – Movimentação de contêineres de arroz na navegação de longo curso em 2012 e 2013


Figura 5 – Destino do arroz movimentado por cabotagem no Tecon Rio Grande

Victor Hugo Kayser1
Mário Sérgio de lima Azeredo
Ayla Rossi Weiler2

(1)ENG. AGR. M. SC – IRGA/SEÇÃO
DE POLÍTICA SETORIAL
(2)ENG. DE PRODUÇÃO, ANALISTA DE NOVOS
NEGÓCIOS – TECON (RIO GRANDE/RS)

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