MT apresenta queda na produção de arroz

Para saber os motivos que levaram ao declínio da indústria do arroz no Estado, o presidente da Comissão de Indústria, Comércio e Turismo da Assembléia Legislativa, Otaviano Pivetta (PDT), colocou o assunto em pauta .

Mato Grosso já produziu 2 milhões de toneladas de arroz por ano, atualmente produz 700 mil; já ocupou o 2º lugar no ranking brasileiro de produção e hoje ocupa o 4º; em 2005, acomodava 72 indústrias de arroz, no final de 2006 – de acordo com a Secretaria de Estado de Indústria, Comércio, Minas e Energia (Sicme) -, o número caiu para 49. Por tudo isso, o cenário atual do setor já preocupa a classe produtora e representantes políticos.

Para saber os motivos que levaram ao declínio da indústria do arroz no Estado, o presidente da Comissão de Indústria, Comércio e Turismo da Assembléia Legislativa, Otaviano Pivetta (PDT), colocou o assunto em pauta para a próxima reunião, no dia 11 julho (quinta-feira). Segundo o deputado, o presidente do Sindicato da Indústria do Arroz de Mato Grosso (Sindarroz/MT), Joel Gonçalves Filho, fez o alerta do retrocesso na área agrícola e industrial.

Conforme um documento elaborado pelo Sindarroz-MT, nas últimas safras o setor arrozeiro enfrentou sérias dificuldades, mesmo tendo investido grandes valores em modernos maquinários e em tecnologia. Mato Grosso tem perdido mercado para Santa Catarina, Maranhão e, principalmente, para o Rio Grande do Sul, que bateu a marca de produção de 6,4 milhões de toneladas/ano de arroz.

“O maior motivo da perda de competitividade é a infra-estrutura precária do estado”, disse Otaviano. Enquanto outros estados evoluem na oferta de meios de transporte, como fretes marítimos, Mato Grosso não oferece novas alternativas de transportes.

– O estado possui um ótimo clima para a lavoura e a maior área agricultável do país. Mas os produtores e empresários pagam um alto preço pelo frete, e isso tem feito com que o arroz de outros estados seja comercializado em Mato Grosso a um preço abaixo do cobrado por nós – observou.

Durante a reunião da Comissão, também serão debatidos a criação de novos incentivos fiscais para o setor, investimentos em pesquisas para novas sementes, principalmente em áreas de rotação com a soja, e a integração entre o produtor rural e o empresário.

A reunião ordinária da Comissão, a qual cabe impulsionar políticas de desenvolvimento às três áreas econômicas de mérito (Comércio, Turismo e Indústria), ainda vai tratar de assuntos relacionados ao biodiesel.O encontro acontecerá na quinta-feira (11), às 13h30, no auditório Deputado Licínio Monteiro, na AL.

Representantes dos dois setores – arroz e biodiesel – foram convidados para expor suas reivindicações. Fazem parte da CICT, os deputados Adalto de Freitas (PMDB) – que é vice-presidente – Campos Neto (PP), Dr. Walace (DEM) e Sebastião Rezende (PR) – titulares – e os suplentes: Percival Muniz (PPS), Zé Carlos do Pátio (PMDB), Chico Galindo (PTB), Roberto França e Maksuês Leite (PP).

Análise e incentivo

À comissão cabe analisar os projetos que tratam de assuntos relacionados com a política de desenvolvimento da indústria, comércio e turismo de Mato Grosso; apoiar micro e pequenas empresas; acompanhar políticas de incentivos fiscais; incentivar a implantação do ecoturismo; viabilizar centros e locais de interesse turístico, bem como sugerir ações de relações internacionais, e manter entrosamento com a Comissão de Relações Exteriores e defesa Nacional do Senado Federal e o Ministério das Relações Exteriores, entre outras.

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