Muito a crescer

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Machado: só falta os produtores se convencerem das vantagens

Mercado tem potencial enorme, mas há agricultores que plantam grãos ao invés de sementes
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No que se refere à taxa de utilização de sementes certificadas de arroz pelos produtores no Rio Grande do Sul, segundo os dados da Associação dos Produtores e Comerciantes de Sementes e Mudas do Rio Grande do Sul (Apassul), na safra 2008/09 estava em 25%. Embora a entidade não tenha fechado os dados referentes à safra 2013/14, o coordenador do Núcleo de Produtores de Sementes do RS e da Comissão Arroz, da Apassul, Valdemir João Simão, estima que o percentual atual chegue aos 44%. Ou seja, 56% dos produtores utilizam sementes de outras origens, especialmente salvas.

Segundo ele, a taxa de utilização não é maior pela “falta de demanda” dos produtores. “O setor está preparado para atender a maior procura. Temos oferta para atender 70% da necessidade do estado, mas por falta de consumo interno acaba-se exportando para outras unidades da federação. Para mudarmos isso e avançarmos, precisamos de conscientização e de estímulo ao uso de sementes certificadas, como da campanha realizada em 2009 com o título ‘Todos unidos contra o arroz vermelho’, que contribuiu muito para o incremento da taxa de utilização”, lembra Simão.

O produtor de sementes de Santo Antônio da Patrulha e vice-coordenador do Núcleo de Produtores de Sementes do Rio Grande do Sul, Luiz Carlos Machado, observa um aumento na procura por material certificado pelos rizicultores, mas reconhece que o mercado tem muito para crescer. “Muitos agricultores consideram a aquisição de sementes de qualidade um investimento que leva segurança à lavoura e não um custo na lista de aquisição dos insumos”, relata.

Segundo Machado, também deve ser ressaltada a qualificação das sementes disponibilizadas comercialmente decorrente dos padrões rigorosos de classificação e fiscalização. “Órgãos certificadores, como Irga e a Fundação Pró-Sementes, fazem um trabalho muito bom em termos de monitoramento e vistoria. Na minha propriedade, por exemplo, só posso colher com acompanhamento do Irga”, relata.

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