Muito a crescer
Mercado tem potencial enorme, mas há agricultores que plantam grãos ao invés de sementes
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Segundo ele, a taxa de utilização não é maior pela “falta de demanda” dos produtores. “O setor está preparado para atender a maior procura. Temos oferta para atender 70% da necessidade do estado, mas por falta de consumo interno acaba-se exportando para outras unidades da federação. Para mudarmos isso e avançarmos, precisamos de conscientização e de estímulo ao uso de sementes certificadas, como da campanha realizada em 2009 com o título ‘Todos unidos contra o arroz vermelho’, que contribuiu muito para o incremento da taxa de utilização”, lembra Simão.
O produtor de sementes de Santo Antônio da Patrulha e vice-coordenador do Núcleo de Produtores de Sementes do Rio Grande do Sul, Luiz Carlos Machado, observa um aumento na procura por material certificado pelos rizicultores, mas reconhece que o mercado tem muito para crescer. “Muitos agricultores consideram a aquisição de sementes de qualidade um investimento que leva segurança à lavoura e não um custo na lista de aquisição dos insumos”, relata.
Segundo Machado, também deve ser ressaltada a qualificação das sementes disponibilizadas comercialmente decorrente dos padrões rigorosos de classificação e fiscalização. “Órgãos certificadores, como Irga e a Fundação Pró-Sementes, fazem um trabalho muito bom em termos de monitoramento e vistoria. Na minha propriedade, por exemplo, só posso colher com acompanhamento do Irga”, relata.