Nem tanto ao céu…

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Colheita: rotação com soja, genética e manejo eficiente evitaram prejuízos ainda maiores

Apesar do susto, safra gaúcha ficou na média histórica

Para quem perdeu, é inesquecível, e foram mais de 30 mil hectares perdidos, mas a safra de arroz do Rio Grande do Sul 2021/22 foi encerrada com números que estão dentro da média produtiva dos últimos cinco anos, com 7,708 milhões de toneladas colhidas em uma área de 927.009 hectares. A superfície plantada foi de 957.185, mas a estiagem e as altas temperaturas castigaram parte dos arrozais. A produtividade média também caiu para 8.315 quilos por hectare, considerando apenas a área efetivamente colhida.

Segundo Rodrigo Machado, presidente do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), o melhor desempenho foi, mais uma vez, da zona sul, com média de 8.849 kg/ha, seguida de perto pela fronteira oeste, com 8.637 quilos por hectare. Isso com todos os transtornos climáticos. A fronteira oeste teve que abandonar áreas, foi a mais atingida pela estiagem, ainda assim a genética e o manejo fizeram a diferença.

A menor produtividade ficou na região central gaúcha, que tem características fundiárias, de manejo e clima diferentes, e foi a segunda que mais sofreu com a estiagem por causa da irrigação baseada em arroios e pequenos cursos d’água que secaram. Pedro Hamann, coordenador regional do Irga, explicou que cerca de 20% dos produtores da região ainda atrasaram o plantio, seja por falta de recursos, insumos, atraso na entrega do campo arrendado pelo proprietário, manejo de plantas daninhas, hábito ou falta de equipamentos para o plantio ou, ainda, fatores climáticos.

“Foi uma safra muito complicada, na qual a fronteira oeste e a região central sofreram bastante, mas outras regiões, como a zona sul e as planícies, tiveram chuvas praticamente normais, e isso equilibrou as produtividades e a produção no Estado”, explicou a diretora técnica do Irga, Flávia Tomita.

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