No limite

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Carregamento: um dos gargalos para o Brasil embarcar mais arroz

Estrutura portuária
demanda investimentos
pela competitividade
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Mesmo estando entre os mais importantes portos do continente americano, na opinião de especialistas, a infraestrutura do Porto de Rio Grande ainda tem muito a evoluir. Os 18 atracadouros atuais são considerados insuficientes para dar conta da movimentação de navios em épocas de escoamento da safra. As filas de embarcações esperando para atracar aumentam a cada ano e o tempo de espera para a operação, em alguns casos, passa de 45 dias.

Os custos de um navio parado vão de US$ 30 mil a US$ 60 mil, dependendo do tipo de carga e outros fatores. Essa demora até o embarque traz consequências. A China, por exemplo, já cancelou contratos de compra de soja brasileira em função dos atrasos.

Outra dificuldade que resulta em prejuízos é a paralisação das atividades em função das condições climáticas. Em dias de muita neblina, ventania ou mar agitado, o Porto de Rio Grande é fechado e a entrada e saída de navios proibida. Isso ocorre quando os práticos, que orientam as manobras das embarcações, consideram a operação arriscada.

Já existe tecnologia capaz de dar mais segurança à navegabilidade em condições adversas. Uma delas é conhecida pela sigla VTMS, o termo em inglês para Sistema de Gerenciamento de Tráfego de Navios. Seria o equivalente naval ao usado para o controle de tráfego aéreo em aeroportos. Disponível há mais de duas décadas no Porto de Roterdã, na Holanda, o sistema ainda não chegou à maioria dos portos brasileiros.

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