No seu quadrado

 No seu quadrado

Santa Catarina antecipa
plantio para colher a soca

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 Com limitações de área para plantar e sem o incentivo de preços rentáveis nesta temporada, os arrozeiros de Santa Catarina devem manter praticamente iguais à temporada passada a superfície plantada e a expectativa de produção para a temporada 2017/18. O Centro de Socioeconomia e Planejamento Econômico da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Cepa-Epagri) projeta uma retração de apenas 86 hectares restrita ao Litoral Norte (Itajaí, Blumenau e Joinville), que representa 25% da área total catarinense e onde a exploração imobiliária tem avançado sobre territórios arrozeiros.

Nesta região, muitas lavouras do cedo costumam fazer duas colheitas aproveitando o rebrote, ou soca. E nesta temporada o plantio começou mais cedo, ainda em meados de agosto, porque o inverno foi mais quente e seco. As lavouras do cedo devem ser colhidas em dezembro e o rebrote, 70 dias depois. Ao final de outubro, a área estava praticamente concluída.

Em contrapartida,o plantio nas microrregiões de Ituporanga e Rio do Sul vai crescer. No geral, a orizicultura catarinense terá uma retração de 0,06%, para 148.230 hectares, e a produção deve ter mínima queda, de 0,3%, para 1.172.671 toneladas, principalmente baseada na menor produtividade, de 0,25%, 7.911 quilos por hectare. A semeadura, ao final de outubro, beirava 80% da área prevista.

No Sul Catarinense, que reúne as microrregiões de Araranguá, Criciúma e Tubarão, é cultivado 63% da lavoura orizícola estadual e mais de 75% estava semeada ao final de outubro. A estiagem que afetou o estado em setembro atrasou o plantio em pontos isolados por falta de umidade no solo. Mais de 60% da área catarinense é ocupada pelo sistema pré-germinado, com o cultivo mínimo alcançando perto de um terço da lavoura, segundo fontes locais.

MERCADO
João Alves, economista do Cepa, destaca que os preços médios catarinenses estiveram baixos ao longo de 2017, mas com cotações acima das referências do Rio Grande do Sul. No pico da safra oscilaram entre R$ 39,00 e R$ 40,00 e em setembro já haviam caído para R$ 38,76 de média. Como a indústria catarinense tem potencial para processar 1,6 milhão de toneladas/ano, importa o grão do estado vizinho (90%) e do Paraguai (10%) para completar sua participação no mercado, o que mantém maior estabilidade nas cotações.

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