O ARROZ E A SAÚDE
* Instituto Brasileiro de Produção Sustentável e Direito Ambiental
Autoria: Carlos Adilio Maia do Nascimento
Presidente do IBPS*.
Apolo, deus da luz e da saúde, gerou com a ninfa Coronis um filho que chamou-se Asclépio (Esculápio). O menino foi criado e educado pelo centauro Quiron, sábio e conhecedor da arte de curar. O aluno foi muito aplicado e, completando o aprendizado, construiu na cidade de Epidauro um grande centro de tratamento, que se tornou famoso em toda a Grécia, considerado a primeira escola médica na antigüidade.
Asclépio teve duas filhas, Higéia e Panacéia. A primeira fazia higiene, saneamento e aliviava as tensões vivenciais dos pacientes, representando a medicina preventiva. A segunda dava remédios, representando a medicina de tratamento. Muitos jovens reuniram-se em Epidauro para praticar a arte médica. Foram chamados Asclepíades, e um deles, Hipócrates, é considerado até hoje o pai da medicina.
Desta mistura de mito e realidade, relatos detalhados foram feitos pelos historiadores da época sobre os métodos terapêuticos e os remédios usados em Epidauro. Dentre estes, o arroz aparece como medicação eficaz para várias afecções. Diarréias agudas e crônicas eram tratadas com dieta de arroz, sabendo-se hoje que este cereal não contém glúten, proteína que desencadeia quadro alérgico em algumas pessoas chamadas celíacos, causando diarréia crônica, com sérias conseqüências.
A água de arroz é uma mucilagem que contém molécula específica chamada fator antidiarréia, reguladora da flora intestinal, curando a maioria das diarréias infantis. Essa mucilagem é indicada também para realimentar caquéticos e tem ação benéfica em doenças de pele como a psoríase e outras dermatoses. No próximo número da revista continuaremos falando sobre as vantagens medicinais do arroz.
