O arroz em destaque no Legislativo gaúcho

Sessão em homenagem ao Ano Internacional do Arroz e à cadeia produtiva gaúcha reuniu lideranças internacionais.

O arroz esteve em pauta e foi destaque hoje (24) na Assembléia Legislativa (AL). A Comissão do Mercosul e Assuntos Internacionais reuniu-se pela manhã com representantes da cadeia produtiva do arroz brasileira e uruguaia para discutir o mercado do arroz e a Tarifa Externa Comum (TEC). O presidente da comissão, deputado Berfran Rosado (PPS), também prestou homenagem utilizando o espaço no Grande Expediente da AL ao Ano Internacional do Arroz.

Na reunião foi redigido um ofício que será encaminhado aos ministérios das Relações Exteriores, Agricultura e Indústria e Comércio, juntamente para o diretor da Secretaria do Mercosul, Reginaldo Arcuri, e para o presidente da Comissão de Representantes Permanentes do Mercosul, Eduardo Duhalde. No documento os seguintes tópicos foram listados:

· A produção orizícola atingiu auto-suficiência dentro do Bloco, sendo portanto desnecessária a importação de outros países;

· O arroz é produto fundamental para as economias do Rio Grande do Sul e do Uruguai, e importante componente sócio econômico para as economias da Argentina e do Brasil;

· A importação de produtos externos desincentiva a cadeia produtiva do arroz, e em muito especial a gaúcha, que hoje é responsável por aproximadamente 50% de toda a produção brasileira. Além disto, o RS possui o Programa Arroz RS, que prevê um aumento de produtividade de 1 tonelada/hectare nas próximas três safras, e que corre o risco de ser inviabilizado frente esta importação;

· O Brasil é o maior produtor e o maior consumidor de arroz do mundo ocidental;

· O aumento da TEC não significa protecionismo, e sim uma medida equalitária para permitir a concorrência de nosso produto com os países que subsidiam o arroz, fortemente, no mercado internacional.

No Grande Expediente, Berfran Rosado falou sobre a importância do arroz no mundo, afirmando que o cereal é o alimento básico de mais da metade da população mundial. “O arroz proporciona emprego e renda a milhares de homens e mulheres no mundo”, afirmou.

No Rio Grande do Sul mais de 140 municípios gaúchos plantam arroz. São 15 mil famílias produtoras, o que representa 350 mil empregos diretos. Cerca de 10% da arrecadação do ICMS gaúcho é por conta do arroz, que é responsável por 3,1% do PIB estadual. No Mercosul, temos a auto-suficiência na produção do produto. Brasil, Uruguai e Argentina produzem cerca de 13,5 milhões de toneladas.

Assinaram o ofício e participaram da reunião: Berfran Rosado, presidente da Comissão do Mercosul e Assuntos Internacionais; Artur Oscar de Albuquerque, presidente da Federarroz/Abrarroz; Francisco Schardong, vice-presidente da Farsul; Pery Francisco Sperotto Coelho, presidente do Irga; Hugo Manini Rios, presidente da Associação de Cultivadores de Arroz do Uruguai (ACA); Élio Coradini, presidente do Sindarroz/RS; Ronaldo Carvalho, vice-presidente da Bolsa Brasileira de Mercadorias; Marlon Santos, vice-presidente da Comissão do Mercosul; e os deputados estaduais e membros da Comissão do Mercosul Ciro Simoni, Bernardo de Souza e Sérgio Stasinski.

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