O grande desafio
Para Luciano de Campos Carmona, do Flar, o conjunto de resultados da primeira fase do Projeto 10+ gestão 2014/18 demonstra que tanto a estratégia de extensão “produtor a produtor” como as práticas de manejo recomendadas pelo programa são eficientes e eficazes, demonstrando que é possível melhorar a competitividade dos arrozeiros do Rio Grande do Sul por meio do aumento dos rendimentos, redução de custos e gerando menor impacto ambiental.
“O grande desafio do Irga será institucionalizar o sistema de transferência de tecnologia do Projeto 10+ e criar uma estrutura interna do Departamento de Assistência Técnica e Extensão Rural (Dater) que possibilite a continuação e expansão do programa de forma consistente para todas regiões arrozeiras do estado”, finaliza o especialista.
Analisando a variabilidade dos resultados do Projeto 10+ se observa que na safra 2018/19 o rendimento foi cerca de 1 tonelada inferior aos dois primeiros anos de implantação do programa, fato explicado pelos excessos de chuvas e enchentes que ocorreram na metade sul do Rio Grande do Sul em janeiro de 2019. O clima adverso também diminuiu em cerca de 20% a radiação solar média neste mês, quando a totalidade das parcelas demonstrativas, cultivadas na época recomendada, se encontrava na etapa reprodutiva, o período mais sensível da planta à radiação solar. Em 2016/17 e 2017/18, as médias alcançadas foram de 10.300 quilos por hectare e 10.560, quando os níveis de radiação solar estiveram dentro dos patamares considerados normais para a época.