O grande desafio do novo sistema produtivo

O Rio Grande do Sul enfrenta o desafio de consolidar a presença de outros cultivos, como a soja, no sistema produtivo de terras baixas, em rotação com o arroz. Um universo de oportunidades agronômicas e econômicas surgem a partir desta visão sistêmica.

O avanço tecnológico para dominar o ambiente, modelos de irrigação e drenagem, a evolução das cultivares, equipamentos e um leque de conhecimentos que permitem suavização de várzeas, irrigação por sulcos, plantio em microcamalhões, ajudam a fortalecer iniciativas neste sentido.
Não é por acaso que o estado alcança nesta temporada um recorde de área cultivada com soja, que chegará a pelo menos 353.731 hectares ou 3,6% a mais do que na temporada anterior. No entanto, a expectativa é de uma produtividade maior em 15,5%, ou quase 300 quilos, para 2.200 quilos por hectare.
A temporada 2019/20 registrou a terceira pior produtividade desde a safra 2009/10, quando os arrozeiros do estado começaram a adotar o sistema de rotação em maior escala: 1.904 quilos por hectare.

A previsão para a colheita média este ano, por área, equivale a 36,7 sacas de 60 quilos da oleaginosa. A preço do dia 21 de janeiro equivaleria a praticamente R$ 5.800,00 por hectare.
“Claro que há produtores que alcançam produtividade superior e isso gera maior rentabilidade, um portfólio maior e mais opções de gestão da oferta, sem contar as vantagens agronômicas de adotar um sistema de rotação capaz de ajudar na recuperação das características do solo, nutrição, eliminar pragas, doenças e invasoras”, enfatiza o pesquisador Rodrigo Schoenfeld, do Irga. O milho deve ser a próxima cultura a integrar-se ao modelo.

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