O México estabeleceu um protocolo sanitário fixo para o arroz uruguaio

Os problemas com o besouro Khapra foram resolvidos.

Novos avanços na comercialização de arroz com o México. A Secretaria de Agricultura e Desenvolvimento Rural da nação asteca fixou o protocolo sanitário com o Uruguai para as exportações de cereais uruguaios, eliminando o prazo de 90 dias que vigorava até agora, após os problemas que haviam sido registrados após a presença de gorgulho Khapra (Trogoderma granarium) nos embarques uruguaios. Em setembro de 2019, foi detectada a praga quarentenária, devido à poluição marítima.

O problema afetou um navio de 29 mil toneladas que estava para chegar ao porto asteca. As autoridades mexicanas fecharam o mercado ao grão uruguaio e foi acordada uma auditoria a toda a cadeia local de arroz, que foi concluída com êxito, onde foi demonstrada a inexistência do khapra. Esta praga quarentenária se alimenta de diferentes cereais, tem uma capacidade de sobrevivência muito alta e pode viver em um recipiente por muitos anos sem precisar comer.

Este ano houve uma segunda detecção em uma remessa da empresa Saman, mas o México continuou recebendo o arroz das outras empresas, impondo uma revisão do protocolo sanitário a cada 90 dias.

“Agora o protocolo é definitivo, será por tempo indeterminado, dependendo de como evoluirem as detecções desta praga inexistente no Uruguai”, explicou o chefe da Diretoria de Serviços Agropecuários (MGAP), Leonardo Olivera.

O cacique destacou que o Uruguai "está convencido de que o problema são os contêineres". Nesse sentido, argumentou que no âmbito de um encontro virtual com autoridades fitossanitárias do México, Austrália e vários países do Cone Sul que apresentam o mesmo problema, foi dito que “o Khapra foi detectado em contêineres de importação de eletrodomésticos. Isso mostra que o problema não é o arroz”.

Para demonstrar que a praga quarentenária não existe no Uruguai e após a auditoria do México em toda a cadeia do arroz, o Uruguai continua aplicando inspeções com armadilhas em todos os pontos de coleta de arroz, portos, aeroportos e áreas de embarque. A leitura da armadilha é feita uma vez por semana. “Desde 2016, jamais o besouro Khapra foi detectado e todos os contêineres são higienizados”, esclareceu Olivera.

Sorgo

Por sua vez, o chefe da Direcção de Serviços Agrícolas disse que continuam os trabalhos com a
China, agora a nível do Itamaraty, no sentido de fazer avançar o protocolo sanitário que permite a entrada do sorgo uruguaio ao gigante asiático. “Do Serviço Agrícola temos feito relatórios e manifestações, impondo-o como assunto prioritário”, disse Olivera.

Entretanto, avançou-se na implementação da vigilância do sorgo, enquanto se aguarda o envio do protocolo sanitário. “Vai começar nessa campanha de sorgo que está sendo plantada agora”, disse Olivera, esclarecendo sobre o protocolo sanitário “não tem nada de concreto”. De certa forma, a pandemia complicou um pouco, já que não foi possível realizar reuniões bilaterais presenciais que possibilitassem outras etapas.

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