O que será o amanhã

“O amanhã da cadeia produtiva de arroz do Brasil é a colheita. E o setor não pode chegar em fevereiro se perguntando o que será o amanhã.”
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O Brasil e o Mercosul estão plantando uma nova safra de arroz. Para os produtores, a semeadura está sendo tensa pela pressão baixista de preços,a expectativa de mecanismos decomercialização que estabilizem as cotações e a esperança de uma colheita que garanta a rentabilidade da lavoura orizícola, com remuneração acima dos custos de produção. A auto-suficiência da produção de arroz do Brasil, num recorde absoluto de área, produção e produtividade alcançados na safra 2003/2004, nem chegou a ser comemorada. Os excedentes do Mercosul remanejados para dentro do mercado brasileiro, por falta de competitividade com o produto subsidiado da ásia e dos Estados Unidos, desvalorizaram o cereal em plena entressafra. Há excesso de produto no mercado e a regra é enxugar a oferta e obter preços dignos.

Há estratégias montadas pelos produtores, principalmente os gaúchos. Mecanismos como o inédito contrato de opção privado, esforço para organizar a logística interna e buscar o mercado internacional com exportações em escala, restrições ao produto do Mercosul, TEC para terceiros mercados, fechamento de fronteiras, reavalização do Mercosul, entre muitos outros estratagemas, estão sendo gestados. Há também a busca da competitividade com emprego de alta tecnologia de produção e manejo.

Mas há riscos também. E por isso o Brasil não pode permitir que a safra 2004/2005 entre com preços abaixo do custo de produção e sem que existam meios de inverter a situação. E os arrozeiros precisam de resposta do Governo brasileiro para seus pleitos.

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