Olho no pregão
Rio Grande do Sul cria a Bolsa do Arroz.
Para criar mecanismos mais justos e transparentes de comercialização no Rio Grande do Sul, foi criada a Bolsa do Arroz, iniciativa integrante do Programa Arroz RS, que busca modernizar a cadeia produtiva gaúcha gerando novas tecnologias e métodos de comercialização. O objetivo principal, segundo o representante do setor, Zélio Hocsmann, é negociar arroz via Bolsa Brasileira de Mercadorias (BBM) em parceria efetiva com todas as instituições ligadas ao desenvolvimento do grão no estado, como a Federarroz, o Irga, a Farsul, o Banrisul e a Emater.
O primeiro pregão virtual da Bolsa do Arroz, que integra o Programa Arroz RS, vendeu todas as 500 toneladas do cereal ofertado pelo Irga. O leilão ocorreu no estande da BBM, na Expointer, em Esteio (RS). O preço máximo da saca atingiu R$ 36,08, havendo disputa dos lotes, que abriram em R$ 36,00.
Segundo Zélio Hocsmann, a expectativa é de que por meio dos leilões virtuais da BBM, com canalização da oferta, seja vendida metade do volume de arroz da última safra que ainda está com os produtores. O consultor Marco Aurélio Marques Tavares entende que 40% do arroz gaúcho ainda não foi comercializado.
O objetivo dos pregões, conforme o superintendente da BBM no RS, Wilson Riva, é dar visibilidade aos preços, transparência e segurança às operações, permitindo a equalização da oferta no estado. A Bolsa facilitará as negociações entre a cadeia produtiva, uma vez que terá um preço oficial no estado. Os produtores entregarão os lotes em até cinco dias da operação.