Gestão abre programação de palestras da Abertura da Colheita do Arroz

 Gestão abre programação de palestras da Abertura da Colheita do Arroz

Foto: Carlos Queiroz

(Por Artur Chagas e Leandro Prade) A programação da 34ª edição da Abertura Oficial da Colheita do Arroz e Grãos em Terras Baixas, nesta quarta-feira, 21 de fevereiro, iniciou com o Painel “Casos de Sucesso em Gestão”. Os painelistas foram o presidente da Randoncorp, Daniel Randon, e o fundador e Gestor da Terra Boa Agrícola, Tiago Librelotto Rubert. O painel teve como moderadores o presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Alexandre Velho, e o presidente do Sistema Farsul, Gedeão Pereira. Velho deu as boas vindas a todos e destacou a gestão no agronegócio como um debate central do evento.

O presidente da Randoncorp, Daniel Randon, abriu o painel destacando a pertinência do tema. “Debater gestão me deixa à vontade. Acredito que todo o negócio tem os seus desafios e esses desafios mudam a todo momento, a partir dos impactos econômicos, sociais e políticos que vivenciamos. Mas precisamos estar preparados, principalmente porque vivemos em um mundo em que tudo acontece de forma acelerada e as mudanças são constantes”, ressaltou. Randon acrescentou que, por isso, a excelência na gestão é parte fundamental para atender os clientes dentro do propósito. “Precisamos olhar com atenção para a governança, para as inovações e novas tecnologias e para as pessoas”, concluiu.

Já o fundador e gestor da Terra Boa Agrícola, Tiago Librelotto Rubert, falou sobre Gestão Empresarial na Atividades Rural. Ele destacou ser consenso que o agronegócio passa por um momento delicado com incertezas e, sendo assim, é fundamental criar uma estrutura que esteja preparada para enfrentar esses desafios e que a gestão é indissociável neste processo no sentido da durabilidade dos negócios. “Começamos com uma área pequena em Cruz Alta, que depois veio evoluindo e entendemos que, após dois anos, a irrigação deveria fazer parte,” informou.

Segundo Rubert, a aposta em intensificar a irrigação veio após frustrações de safras. Hoje , ele tem 18% da área irrigada. “Eu sempre digo que quando o produtor tem 10% de área irrigada em terras altas é um aprendizado. Quando chega a 20% você tem a garantia de produzir em uma parte da propriedade e quando passa de 30% de irrigação, começa a ter rentabilidade”, explicou.

Gestão de negócios com foco na máxima eficiência

Focar na máxima eficiência econômica. Esta foi a ideia comungada pelos participantes do segundo painel realizado nesta quarta-feira, e que teve como tema a “Gestão para a Máxima Eficiência Econômica na Propriedade Rural”. Os painelistas foram o produtor rural nas Fazendas Ressaco, com propriedades em Mostardas (RS) e no Uruguai, Pedro Velho, e o diretor da Foco Rural, Flávio Cazarolli. O mediador foi o Superintendente do Senar, Eduardo Condorelli.

Pedro Velho trouxe sua experiência como produtor e destacou que a percepção do timing do negócio é muito importante porque, na maioria das vezes, isso pode ser traiçoeiro. “O timing do nosso negócio é atípico, por exemplo, você vai plantar em outubro para colher em abril e vender só no final do ano. Temos essa peculiaridade e precisamos entender isso”, explicou. O produtor rural salientou que o fluxo de caixa e o resultado devem ser analisados de forma distinta. “O fluxo de caixa é contínuo, pois é fundamental ter dinheiro em caixa a curto, médio e longo prazo, porém, o resultado vai depender do orçamento, pois antes da venda é necessário saber quanto será o lucro”. Velho também ressaltou que “cerca de 10% dos produtores rurais trabalham com fluxo de caixa a médio e longo prazo e que isso precisa mudar”.

Nessa mesma linha, Flávio Cazarolli complementou que conceitualmente a eficiência econômica está focada em trazer o máximo de resultado com o menor recurso. “O principal é o produtor dominar o fluxo de recursos do negócio e gostar de números”, sugeriu. Cazarolli lembrou que o balanço é uma análise da saúde financeira do negócio e que é fundamental trabalhar os ativos e passivos. “Muita gente não dá importância, mas o passivo é muito importante. Ele é a origem do dinheiro que vem de terceiros. Bancos, credores e outros parceiros comerciais. É o crescimento do capital próprio que mostra o desenvolvimento do meu negócio”, concluiu.

E por falar em gestão de negócios, Eduardo Condorelli ressaltou que ainda há muito a crescer nesse quesito. “O mote deste painel é o foco da gestão de nossos negócios com foco na máxima eficiência econômica, ou seja, a obtenção de lucro é como se mede o resultado que atingimos como gestores de negócios”. O superintendente do Senar lembrou que “independentemente da cadeia produtiva, somos produtores de dinheiro quando decidimos ser empresários, pois temos que ter resultados financeiros”.

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