Para entrar na história

 Para entrar na história

Embrapa abre as portas para a 34ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz

Abertura da Colheita põe gestão na pauta pela sustentabilidade

 

Imperdível, inovadora, obrigatória, consolidada. Os adjetivos são muitos quando se escuta as lideranças do setor arrozeiro e do agronegócio gaúcho adjetivarem a Abertura Oficial da Colheita do Arroz e Grãos em Terras Baixas.

Na edição de 2024, a 34ª da história e a 6ª na Estação Experimental de Terras Baixas da Embrapa Clima Temperado, em Capão do Leão (RS), que ocorre de 21 a 23 de fevereiro, a presença de quem atua na cadeia orizícola e nos sistemas de produção de terras baixas é mais do que obrigatória: é necessária.

Tudo o que diz respeito a consolidar esses sistemas de produção entra em debate, da tecnologia à política setorial, da inovação às regras tributárias, do lançamento de insumos aos testes de campo.

Além disso, haverá mais de 150 expositores e dezenas de vitrinas tecnológicas versando sobre temas atuais, novas técnicas e insumos e muito foco na gestão, desde planejamento, administração, comercial até a gestão na lavoura em que muitos produtores, técnicos e colaboradores já são craques, mas muitos outros ainda perseguem o nível de excelência.

A Arena Digital é uma das novidades do evento e está direcionada à gestão tecnológica do pós-colheita. A Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), com apoio da Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul, Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação e Instituto Ri Grandense do Arroz (Irga), vai disponibilizar mais um ambiente para discussão de temas pertinentes ao setor.

O presidente da Federarroz, Alexandre Velho, afirmou que o espaço é uma opção para acessar novas tecnologias disponíveis ao setor, pois vários aspectos de gestão da propriedade rural passam pela inovação através da agricultura digital.
“A Arena facilitará o entendimento das inovações pelo agricultor de forma que ele possa integrar tecnologias em seu sistema de produção, ganhando em escala, sustentabilidade e rentabilidade”, salientou Velho.

INOVAÇÃO
A secretária de Inovação, Ciência e Tecnologia, Simone Stülp, também destacou que a Arena Digital será um espaço muito importante para discutir inovação e conhecer novas tecnologias que visam auxiliar os produtores, especialmente neste momento de mudanças climáticas.

“Todos os grandes eventos relacionados ao agro estão percebendo o quão fundamental são esses espaços e têm dedicado áreas e momentos para debates sobre inovação”, ressaltou.

Fique de olho
A Arena Digital contará com palestras de especialistas e lideranças do setor, assim como a participação de startups. O tema da programação será “Inovação e tecnologia aplicada à produção sustentável de alimentos”. A iniciativa já conta com as parcerias da Totvs, da Pitangueira e do BRDE.

Um espaço para a Indústria 4.0

Arena Digital será uma das atrações para os visitantes

Acabou-se o tempo em que arrozeiro e indústria sentavam-se em lados opostos da mesa. A integração, que é uma pauta referencial das terras baixas e do novo modelo de produção que surgiu a partir da rotação de soja, milho, pastagens e grãos de inverno com o arroz, também se dá ao longo da cadeia produtiva. Tanto que uma das novidades da Abertura Oficial da Colheita do Arroz e Grãos em Terras Baixas será um espaço para as indústrias.

No Salão da Indústria 4.0, o público do evento, em sua maioria agentes da cadeia produtiva, poderá conferir os últimos lançamentos e tecnologias de ponta oferecidos pelos principais fornecedores mundiais do setor de pós-colheita. Serão cinco empresas expositoras nessa primeira edição. Compõem o espaço Indumak, Garten Automação, Grano Safe, Satake e Newtec Construções Mecânica.

Para o representante da Grano Safe, Nathan Vanier, que também é professor na Universidade Federal de Pelotas (Ufpel), o salão fecha um elo importante da cadeia produtiva do arroz e grãos nesse evento, que tem se tornado cada vez mais completo, com conteúdo técnico de ponta. “É uma feira também de negócios, e como o próprio slogan deste ano ressalta, ‘Gestão potencializando safras’, se entende que a gestão não pode ser apenas porteira para dentro nas lavouras”, salientou.

Fique de olho
A pós-colheita é um dos gargalos de qualidade do arroz gaúcho. Tecnologias existem e são produzidas por empresas especializadas e instituições de pesquisa, mas levar essa prática aos secadores e silos nas propriedades e pequenas indústrias é um grande desafio. Na Abertura, a Indústria 4.0 quer democratizar o conhecimento, apresentar tecnologias e qualificar a pós-colheita.

Uma grande vitrina para o futuro

Integração entre lavoura e a pecuária é um dos focos das vitrinas tecnológicas que serão apresentadas em Capão do Leão

Uma das grandes e mais tradicionais atrações da Abertura Oficial da Colheita do Arroz é a área dedicada às tecnologias agronômicas e genéticas expostas nas vitrinas tecnológicas. Este ano, o espaço, que é um laboratório a céu aberto, reunirá 40 estações expondo novas tecnologias capazes de buscar o maior potencial produtivo de arroz, soja, milho e pastagens.

O diretor técnico da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), André Matos, destacou as novas cultivares da Embrapa e também do Irga. Além dessas variedades, os produtores poderão conferir o desempenho das novas versões e materiais inovadores de outras empresas participantes da vitrina. Matos também antecipou que na soja haverá muitas empresas com portfólio tanto de sementes quanto de proteção de cultivos, assim como no milho.

Além das culturas de grãos, a pecuária também ganha cada vez mais espaço nas vitrinas tecnológicas, onde várias espécies forrageiras estão implantadas visando trazer alternativas de manejo de pastagens de inverno e de verão.

INTEGRAÇÃO
A gestão de processos de integração lavoura-pecuária também vai pautar diversos debates no evento. Desde as vitrinas técnicas até a nova Arena Digital, temas como manejo dos rebanhos, gestão de excelência e as melhores forrageiras para inverno e verão farão parte do programa oficial. Conselheira fiscal da Federarroz, Clarissa Lopes Peixoto levará a expertise à frente do Grupo Pitangueira para a Arena Digital. A ideia é mostrar todo o passo a passo que é feito para obter um touro melhorador de genética.

Os participantes terão acesso ao que existe de mais adaptado em termos de espécie forrageira para ambientes de terras arrozeiras. O engenheiro agrícola e analista da Embrapa Clima Temperado, Sérgio Elmar Bender, contou que no espaço das forrageiras da entidade serão mostradas ações de várias unidades, programas de melhoramento da Embrapa Gado de Corte, da Embrapa Gado de Leite, da Embrapa Pecuária Sul, além da Embrapa Clima Temperado.

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