Parboilizado

A Pampasul Alimentos Ltda, de Rio Grande (RS), investirá R$ 4 milhões para implantar uma nova unidade de beneficiamento de arroz parboilizado e uma fábrica de rações a partir dos subprodutos e resíduos da industrialização. O projeto está em análise no Fundopem. A proposta é que em 2007 entrem em funcionamento as novas unidades, com a geração de mais 40 empregos. Atualmente são 100 funcionários. Hoje a empresa beneficia 5,4 mil toneladas/mês e seu foco está nas regiões norte e nordeste do Brasil. O grupo tem três unidades industriais: duas de parboilizado e uma de arroz branco. A produção é transportada por cabotagem, via porto de Rio Grande.

 

Revitalizado

A produção e o beneficiamento de arroz no município de Igreja Nova, no Baixo São Francisco, em Alagoas, serão revitalizados numa parceria da iniciativa privada, produtores e setores públicos, municipal e estadual. O município receberá em 2007 uma indústria com unidade de parboilização que deve gerar 40 empregos e demanda para os 334 pequenos produtores de arroz do município. O poder público entrará com a assistência técnica aos produtores. A região é área tradicional e de grande potencial produtivo de arroz. A rizicultura da região era conduzida anteriormente no sistema de vazantes, onde as várzeas alagadas por inundações periódicas na Bacia do Rio São Francisco possibilitavam o represamento das águas.

 

Energia

I – A fábrica da Ambev em Viamão (RS) começou a utilizar casca de arroz como fonte de energia para aquecimento de suas caldeiras. Serão três mil toneladas/mês, podendo chegar a 3,5 mil toneladas. A biomassa será comprada de indústrias de Viamão, Camaquã e Eldorado do Sul. A casca é uma biomassa renovável e menos poluente que os derivados de petróleo. De acordo com a empresa, o material apresenta o teor calórico necessário e atende à relação custo-benefício.

II – A Hamburgo Energia Participações, de Porto Alegre (RS), e a empresa alemã CCC Machinery, investidoras da Usina Jacuí I, apresentaram o projeto de construção de usina termelétrica em Dom Pedrito (RS). O empreendimento de 12,3 megawatts (MW) recebe investimentos de R$ 51 milhões. As obras começaram em outubro. A usina utilizará 8,5 mil toneladas/ mês de casca de arroz como matéria-prima. A obra vai gerar entre 200 e 250 empregos. Em funcionamento, a usina terá 40 empregados.

III – Até agosto, nove projetos brasileiros para a geração de créditos de carbono a partir da casca de arroz foram protocolados na Organização das Nações Unidas (ONU). O estado é a sede de oito dos nove projetos do setor. O único projeto fora do Rio Grande do Sul fica em Sinop. Os nove projetos brasileiros, somados, podem gerar 676 mil toneladas de crédito de carbono ao ano.

 

Tocantins

A queda na produtividade do arroz preocupa os produtores de Tocantins. Instituições do Governo, de pesquisa e extensão rural organizaram-se num comitê gestor para fomentar a pesquisa e o desenvolvimento no setor. As várzeas de Tocantins possuem área sistematizada para produção de arroz no período chuvoso, e apesar de serem ideais para o plantio, têm sido devastadas por pragas. A brusone é uma doença fúngica que está causando prejuízos à rizicultura nessa região. A safra 2005/2006 fechou com queda de 56% em relação à safra anterior. As ações técnicas começam em novembro de 2006, com investimento de R$ 190 mil até o final do ano, com testes de insumos e manejo. O objetivo é reduzir o impacto de pragas e doenças na lavoura.

 

Arranjos

Estão definidas as áreas de estudos dos Arranjos Produtivos do Arroz, programa do Governo do Rio Grande do Sul. São seis projetos originais e outras três áreas que serão incorporadas: biomassa e eficientização energética, usos alternativos para o arroz e biotecnologia. As propostas originais são: adequação da legislação ambiental para investimentos em armazenagem de água e redução dos custos ambientais da lavoura; ampliação e divulgação das linhas de crédito para investimento em armazenagem na propriedade; plano integrado para a exportação de arroz gaúcho; criação do comitê gestor do fundo de valorização do consumo de arroz; comparação das assimetrias no Mercosul quanto ao custo de produção; e reestruturação tributária para dar competitividade ao arroz gaúcho frente à dificuldade causada pela guerra fiscal.

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