Passa a régua
Produção brasileira de arroz caiu 14,7% na
safra 2011/12 pelos números da Conab
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A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) apontou que a produção brasileira de arroz caiu 14,7% na safra 2011/12. Em área, a redução foi de 13%. Concluída a colheita nas principais regiões produtoras do país, o penúltimo levantamento de safra do ano praticamente ratificou os números que vinham sendo divulgados anteriormente. Os números finais serão divulgados em setembro, juntamente com as primeiras estimativas da safra 2012/13, que ainda é uma incógnita para o setor.
O relatório mensal da Conab aponta que a queda na produção decorreu da redução significativa de áreas cultivadas em relação à safra 2010/11. E isso se verificou em praticamente todos os estados brasileiros. A queda só não é maior porque a produtividade tem se mantido mais estável, especialmente na Região Sul, onde se concentram 50% da área cultivada e 77% da produção nacional do grão.
Nesta safra houve uma redução de 365,6 mil hectares, sendo que o Rio Grande do Sul, que possui 43% de toda a área cultivada no Brasil, diminuiu em 32% a superfície de cultivo. O restante da queda fica por conta dos demais estados, com destaque para o Mato Grosso. Além da diminuição das lavouras nas regiões Norte e Nordeste, em torno de 11%, as condições climáticas de escassez de chuvas fizeram com que permanecessem com produção normal apenas as pequenas áreas irrigadas ou de extensões úmidas, refletindo uma retração média de produtividade de 4% e 29,7%, respectivamente.
Ainda segundo a Conab, nas regiões Centro-oeste e Sudeste, onde predomina o cultivo do arroz de sequeiro, também houve o decréscimo da lavoura, mas as produtividades estiveram dentro da normalidade por conta das boas condições climáticas e a qualidade do plantio. Assim, foi possível registrar aumentos de 2,2% e 9,2% em relação à safra passada, respectivamente. Este desempenho do rendimento médio por área amenizou a queda do volume colhido, que foi 33,2% e 4,8% inferior à safra anterior. A Conab ainda não tem previsão do comportamento de área e produção para a próxima safra.