Pioneirismo em expansão

 Pioneirismo em expansão

Trilha empedrada para a movimentação do pivô

Pioneiro vai ampliar
em 35% a área com pivô
para a próxima temporada
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 O produtor Walter Arns é pioneiro em uso de pivô central para irrigar lavouras de arroz no Rio Grande do Sul, em lugar do sistema tradicional por inundação, juntamente com o irmão, Werner Arns. Portanto, passou por todos os obstáculos e conhece bem a tecnologia aplicada ao cultivo. Esse domínio e os resultados obtidos fazem com que pretenda ampliar a área irrigada por aspersão de 400 para 540 hectares na próxima safra. O sistema está em instalação nos 140 hectares restantes na propriedade.

“Na época, tivemos várias razões para adotar este tipo de cultivo. A primeira foi maximizar o uso da água e aumentar o controle sobre a irrigação, intensificando o uso da área. Assim, podemos otimizar o uso do solo para outras culturas, como soja, milho, sorgo ou qualquer outra que queira testar”, revela. Segundo ele, a região onde estão suas lavouras em Uruguaiana é caracterizada por pouca chuva nos verões, razão pela qual a cultura da soja não avançou na Fronteira Oeste na proporção de outras regiões arrozeiras.

Na irrigação do arroz, Walter Arns calcula que o sistema usa cerca de 50% a 60% da água do que no sistema tradicional. “Aqui na região de Uruguaiana nossas águas têm um custo elevado e estão baseadas em açudes/barragens construídas pelos produtores, sendo o volume limitado, muitas vezes, se compararmos à quantidade de terras disponíveis”, explica.

Um outro ponto de fundamental importância, e que diz respeito às caraterísticas locais, é o uso da pecuária, tradicional na região. “Conseguimos potencializar essa atividade, pois a irrigação nos dá a tranquilidade de investir em melhorias de forrageiras e principalmente nos dá coragem de investir em fertilização, o que também resulta em um menor vazio forrageiro entre uma e outra cultura de verão”, acrescenta.

GARGALOS
Ainda existem gargalos a serem solucionados na atividade. O maior deles é o custo de aquisição e instalação do equipamento, em torno de R$ 10 mil por hectare. Outro custo elevado é o encascalhamento das trilhas do equipamento para plantio de arroz, sendo este item imprescindível. “Às vezes, dependendo de onde se vai instalar o equipamento, há a necessidade de desmanchar estradas, rede elétrica e algum capão de eucalipto”, frisa. O manejo de plantas daninhas também é dificultado pela ausência de lâmina d´água.

Apesar dos obstáculos, Walter Arns não se arrepende da iniciativa. “Com a experiência adquirida desde 2003 ampliamos o conhecimento e o domínio da tecnologia. Hoje conseguimos colher volume equivalente às áreas com a irrigação tradicional, mas com custos menores quando em terras próprias”, avisa. No caso de terras arrendadas ou em parceria com terceiros, Arns aconselha buscar construir um novo tipo de relação com o proprietário, considerando itens como aquisição do equipamento, a instalação, uso da área com pecuária ou não.

Equipamento atolado não irriga e dá prejuízo


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