Porto Alegre é a capital com maior aumento no custo da cesta básica em abril, aponta Dieese

 Porto Alegre é a capital com maior aumento no custo da cesta básica em abril, aponta Dieese

Divulgação

(Por Brasil de Fato) A custo cesta básica de Porto Alegre registrou elevação de 5,02% em abril, o maior aumento entre as 17 capitais que integram a pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). A capital gaúcha tem a segunda cesta mais cara, no valor de R$ 783,55, atrás apenas de São Paulo, onde o custo é de R$ 794,68, conforme dados divulgados na última semana.

Dos 13 produtos pesquisados, nove registraram alta de preço em Porto Alegre no mês de abril: o tomate (35,69%), a batata (5,96%), o leite (4,79%), o feijão (4,15%), o arroz (2,74%) a carne (2,01%), a manteiga (2,22%) e o açúcar (1,13%). Quatro itens ficaram mais baratos: a farinha de trigo (-4,07%), o óleo de soja (-2,78%), o café (-1,27%) e o pão (-0,88%).

De janeiro a abril de 2023, a cesta registrou variação de 2,34%. As maiores altas foram no feijão (19,35%), no leite (17,67%) e o arroz (11,70%). Em sentido contrário seis ficaram mais baratos, com destaque para a batata (-24,01%) e o óleo de soja (-12,10%).

No acumulado dos últimos 12 meses, a cesta registrou variação de 0,34%, com elevações em oito dos 13 produtos da cesta. Os maiores aumentos foram no preço da manteiga (19,04%), do arroz (15,13%), do leite (13,50%) e da banana (11,65%). No período, cinco itens ficaram mais baratos, em especial a batata (-24,39%), o óleo de soja (-22,24%) e o tomate (-12,53%).

Custo da cesta aumenta em 14 capitais

Entre março e abril de 2023, o valor do conjunto dos alimentos básicos aumentou em 14 das 17 capitais onde o Dieese realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos. As elevações mais importantes ocorreram em Porto Alegre (5,02%) Florianópolis (3,65%), Goiânia (3,53%), Brasília (3,43%) e Fortaleza (3,38%). Já as reduções foram observadas em três capitais: Natal (-1,48%), Salvador (-0,91%) e Belém (-0,57%).

São Paulo foi a capital onde o conjunto dos alimentos básicos apresentou o maior custo (R$ 794,68), seguida de Porto Alegre (R$ 783,55), Florianópolis (R$ 769,35) e do Rio de Janeiro (R$ 750,77).

O salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas, conforme estimativa do Dieese, deveria ter sido de R$ 6.676,11, ou 5,13 vezes o mínimo de R$ 1.302,00. Em março, o valor necessário era de R$ 6.571,52 e correspondeu a 5,05 vezes o piso mínimo. Em abril de 2022, o mínimo necessário deveria ter ficado em R$ 6.754,33, ou 5,57 vezes o valor vigente na época, que era R$ 1.212,00.

O cálculo é feito com base na cesta mais cara, que, em abril, foi a de São Paulo, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.

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