Pragas

 Pragas

Prejuízos provocados por pragas na lavoura de arroz motivaram o Irga a orientar o produtor quanto a cuidados específicos para cada espécie de insetos, muitas ainda desconhecidas pelo orizicultor. Segundo o pesquisador da Estação Experimental de Cachoeirinha Jaime Oliveira, a atual fase de implantação da cultura é o período ideal para investir no manejo integrado de pragas. É importante começar logo a observar a planta e a incidência de pragas por amostragens. Quanto mais cedo a identificação, ressalta o agrônomo, maior o controle das populações de insetos e do uso de agroquímicos, reduzindo-se, assim, o impacto ambiental.

Acompanhamento do tempo

A Embrapa Clima Temperado está testando equipamentos que permitem aos produtores rurais o acompanhamento diário das condições climáticas. A proposta é oferecer orientações para a instalação de um abrigo meteorológico que forneça informações sobre a temperatura máxima e temperatura mínima ao final do dia, permitindo aos produtores o controle térmico que é fundamental na produção de arroz.

Missão impossível

O setor orizícola foi incluído no processo de negociações bilaterais entre argentinos e brasileiros, pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. A exemplo do que já acontece com os setores de calçados e eletrodomésticos, a iniciativa privada da cadeia produtiva do arroz brasileira manterá contatos e discutirá com os vizinhos do Mercosul temas referentes à comercialização do produto. Indústrias, cooperativas e produtores gaúchos terão a oportunidade de apresentar aos parceiros argentinos a proposta que visa estabelecer cotas para a importação do cereal. A medida resulta de um intenso trabalho do deputado federal Luís Carlos Heinze (PP-RS), que também é dirigente da Federarroz. O próximo passo é incluir o tema nas negociações com o Uruguai.

Foro nacional

O Governo Federal instalou a Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Arroz, órgão que reúne representantes de toda a cadeia produtiva e representa o setor perante o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Duas reuniões foram realizadas, sendo que na primeira foi eleito o presidente Francisco Schardong (vice-presidente da Farsul) e o secretário executivo Paulo Morcelli, da Conab. O presidente da Federarroz, Valter José Pötter, aproveitou a reunião para apresentar a conjuntura do setor, fez um apelo pela adoção de medidas urgentes para minimizar os efeitos da crise gerada pelos excedentes do Mercosul e conseguiu aprovar um documento em caráter de urgência, com sugestões de medidas para o Governo brasileiro. No segundo encontro, os critérios para a implantação do contrato de opção privado foram definidos. A próxima reunião acontecerá em janeiro.

Menino fraco

O fenômeno climático El Niño já começou a se manifestar no Pacífico Equatorial Central e o principal indicador é o aumento da temperatura da superfície do mar entre 0,5 e 1 grau centígrado acima da média histórica. Segundo o pesquisador Carlos Nobre, do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), as observações meteorológicas e oceanográficas feitas até o momento indicam que os efeitos do fenômeno, de intensidade fraca a moderada, sejam sentidos a partir do mês de dezembro. A ocorrência de um El Niño de fraca intensidade, no entanto, não significa que seus efeitos também serão amenos. “Você pode ter um El Niño fraco, mas que cause um impacto climático razoável”, explica Carlos Nobre.

Jovem Cientista

A mestranda em Biologia e bolsista da Embrapa Arroz e Feijão, Priscila Nascimento Rangel, foi agraciada pelo Prêmio Jovem Cientista, na terceira colocação, categoria graduado, concedido pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnologia (CNPq). O título da pesquisa foi: “Oryza glumaepatula: espécie silvestre brasileira com grande potencial para o aumento da produção de grãos do arroz cultivado no Brasil”.

Pesquisa no solo

O Instituto Rio-grandense do Arroz está desenvolvendo uma pesquisa em seis cidades gaúchas para identificar e quantificar a necessidade de adubação para a cultura do arroz. O agrônomo Sílvio Genro Júnior, executor do trabalho, observa que o objetivo é mostrar o quanto é necessária a aplicação de N-P-K (nitrogênio, fósforo e potássio) nas áreas de produção de arroz. Não é como uma receita de bolo, mas é possível definir fórmulas a partir de análises para indicar o quanto de adubação é preciso para uma maior produtividade de arroz , explica o pesquisador. As experiências deverão se prolongar por quatro anos. Em cada área serão aplicados 10 tratamentos diferenciados. Estão em testes lavouras nas cidades de Santo Antônio da Patrulha, Cachoeira do Sul, Restinga Seca, Camaquã, Cachoeirinha e Santa Vitória do Palmar.

Manual de graus dias

A Embrapa Clima Temperado, de Pelotas, lançou no início de novembro uma publicação com dados colhidos por mais de 20 anos sobre graus dias. O trabalho indica o quanto de soma térmica é necessário para o desenvolvimento de diferentes fases da planta de arroz. O agrometeorologista Sílvio Steinmetz observa que são 36 páginas que mostram aos produtores de arroz o comportamento térmico de 16 regiões do Rio Grande do Sul, indicando principalmente quando ocorre a diferenciação da panícula. Os resultados da pesquisa permitem ao produtor o melhor aproveitamento da adubação nitrogenada e um controle eficiente para aplicações de insumos , destaca Steinmetz. Até o final deste ano, as informações deverão ser disponibilizadas no site www.cpact.embrapa.br. Quem estiver interessado em receber o material impresso deve ligar para o telefone (53) 275-8199.

Deixe um comentário

Postagens relacionadas

Receba nossa newsletter