PRAGAS

 PRAGAS

Seminário: conjunto de técnicas discutidas entre pesquisadores e produtores

 A pesquisadora Ana Paula Afonso, da Embrapa, apresentou no II Seminário Técnico Soja em Terras Baixas um relato da “Ocorrência de insetos em função do manejo do solo e da fertilidade”. Segundo ela, a certificação das pragas que atingem a lavoura é importante para aplicar os inseticidas de forma eficaz. Também lembra que é importante preservar os inimigos naturais que se encontram na área, pois eles são responsáveis pela eliminação de 20% delas.

“Os inseticidas são responsáveis por 80% do controle das pragas, os outros 20% são controlados por inimigos naturais”, pontuou. Ana Paula Afonso também deu dicas de como reconhecer o tipo de lagarta para fazer um controle mais eficaz.

Outro tema importante abordado na palestra foi a “Fixação biológica de nitrogênio em soja nas terras baixas”. A pesquisadora Maria Laura Turino Mattos apresentou os benefícios da inoculação, uma prática eficaz para a fixação do nitrogênio, o que diminui o número de adubações durante a safra. Além disso, essa prática ajuda na formação de um sistema radicular mais resistente às situações de estresse hídrico.

“Nós temos que abrir os olhos para enxergar esses inimigos invisíveis que junto com outros fatores vêm diminuindo a produção de soja”, declarou o pesquisador Cesar Bauer Gomes ao explicar o tema “A ocorrência de fitonematoides em ambiente de terras baixas”. Entre os nematoides de maior ocorrência na região estão o Meloidogyne javanica e o Pratylenchus brachyurus. O pesquisador disse que para fazer um controle eficaz é necessário combinar cultivares resistentes ou moderadamente resistentes e adotar a rotação de culturas, o controle biológico e também o uso de tratamento de sementes, mas alertou que este mecanismo, isolado, não obtém grandes resultados.

Além das pragas e dos nematoides, também foi abordado o “Manejo integrado de doenças em terras baixas” pelo pesquisador Cley Donizete Martins Nunes. Entre todas as doenças que podem atacar a soja, a ferrugem asiática foi a mais discutida. Nunes explicou que a maior quantidade de chuvas aumenta as chances de ferrugem – geralmente em uma soja plantada em novembro, a doença começa a aparecer no início do ano. “Quem planta mais tarde corre o risco de ter uma incidência maior, mas a incidência pode ser superior de um ano para outro”, analisou.

Por fim, a representante da Safras & Cifras, Suzel Rubin de Mello, falou sobre “Gestão e comportamento de mercado da soja” e abordou a elevação dos custos de produção de uma lavoura da oleaginosa e o comportamento do mercado da commodity nos últimos anos, que a tornou mais atraente aos produtores gaúchos. O objetivo foi apresentar a rotação de culturas como uma aliada ao rateio de custos de uma lavoura de arroz ou soja e assim aumentar a renda sem que isso implique em maior desembolso.

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