Preço do arroz gaúcho encontra estabilidade

Na média do Rio Grande do Sul, principal referencial nacional, a saca do grão em casca era cotada a R$ 34,91 no dia 22 de março,.

Sem grandes novidades para o mercado doméstico de arroz, os preços do cereal gaúcho, principal referencial nacional, encontraram estabilidade na penúltima semana de março. “O avanço da colheita no Brasil, a entrada de produto pelo Mercosul e a posição defensiva das indústrias impedem uma reação dos preços”, explica analista de SAFRAS & Mercado, Gabriel Castagnino Viana.

Na média do Rio Grande do Sul, principal referencial nacional, a saca do grão em casca era cotada a R$ 34,91 no dia 22 de março, mesmo patamar do dia 15 de março. Corresponde a uma queda de 1,13% em relação a igual período do mês anterior – quando valia R$ 35,31. Na comparação com igual momento do ano anterior, a retração é de 14,67% – quando era cotada a R$ 40,91.

Segundo informações divulgadas no relatório semanal da EMATER sobre o desenvolvimento do cultivo no Rio Grande do Sul, a safra não deverá ter perdas significativas, apesar da estiagem que atingiu o estado. Estima-se que até o momento já tenha sido colhida 22% da área total gaúcha plantada. A colheita poderá ser intensificada nos próximos dias devido ao avanço acelerado das lavouras em direção à maturação.

Já a colheita de arroz na Argentina na temporada 2017/2018 está estimada em 31% até o dia 22 de março, em área equivalente a 60,089 mil hectares, informou o Ministério da Agroindústria da Argentina. Em igual período do ano passado, a colheita estava em 43%. Na semana anterior, o percentual era de 18%.

5 Comentários

  • Eu imagino que esse número de 22% está meio defasado. Na fronteira-oeste muitos produtores estão finalizando suas colheitas! A indústria segue remunerando mal, pois ela está fazendo a “sua colheita” recebendo as CPRs por preços ridículos… A produtovidade média vai ficar na casa dos 7.500 kgs/ha… Os mais capitalizados vão colher um pouco mais como de costume… A chuva pesada e o frio vão causar entre 10% e 20% de perdas… O dólar vai avançar com o cenário político do país… Mas preços bons esse ano eu duvido… 2018 mais um ano perdido e comandado pela indústria!!!

  • Me impressiona o quanto o sr Flavio não vê quem manda em todos no mercado..o consumidor! O consumidor está atrás de produto bom e barato; equação ruim para toda a cadeia; sem maior privilégio; então vamos ser honestos, não adianta cada qual puxar a sardinha para seu lado e ficar crucificando os demais elos; está ruim para todos, inclusive a indústria que está massacrada pelo varejo , que por sua vez se degladeia com seus pares na busca do consumidor. Por favor não se vitimize, o ano vai ser ruim pra todos, e o consumidor agradece enquanto todos choramos.

  • Concordo com o Sr Anderson.Não me parece que a industria seja a vilã da história pois quando tem muita oferta e pouca procura é natural a queda dos preços. Infelizmente a mudança de hábitos da população derrubou o consumo do arroz no Brasil,e com o dólar neste patamar exportar ficou mais dificil, e ao mesmo tempo tornou mais viável a importação do Mercosul onde os custos de produção são infinitamente menores. Neste momento a melhor solução parece ser a diminuição da área plantada, principalmente de lavouras com custos mais elevados.

  • Caro sr Anderson, respeito sua opinião, mas há meu ver o consumidor não manda em nada, se tem dinheiro compra e senão tem não compra. Como exemplo não deixa de usar a luz e nem a água, gás de cozinha, combustíveis e etc, sobre os quais o consumidor não influi em nada no preço, simplesmente paga o valor que lhes é imposto pois os necessita para sua vida diária. O mesmo princípio se aplica aos alimentos, simplesmente o consumidor aproveita as promoções quando lhe são ofertadas. Agora quanto a indústria e o varejo na minha opinião, são extremamente oportunistas que para manterem seu lucro atropelam sem pena o produtor.

  • Impressionante como todos tem razão nessa discussão nos seus comentários! Apenas falta unir o que todos estão dizendo:
    !. A colheita vai ser boa e todo o arroz vai parar na indústria/ engenho, com CPR e com tudo o mais.
    2. O consumidor é quem manda no mercado e quer preço bom!
    3. Mudança nos hábitos do consumidor.
    4. O produtor se obriga a comprar, mas aproveita as ofertas.
    Tenho a impressão que o arroz colhido acaba indo todo para os engenhos e eles sabem disso e ficam esperando. Não precisam e não entendem a necessidade do uso do marketing para diferenciar o produto, modificando a ideia do preço conhecido do consumidor, pois há mais de cinquenta anos se vende da mesma forma no “tradicional e velho guerreiro saquinho”. Não dá para dar uma repaginada na sua apresentação e no seu modo de consumo? O consumidor quer preço bom, mas quer praticidade, comodidade e até paga mais por isso. Vejam onde foi parar o feijão, o seu par perfeito! Está sem desuso, praticamente!
    Resumindo, o arroz continuará como o “bastantão” da alimentação, mas para trazer renda para o setor tem-se que sofisticar a sua apresentação e apresentá-lo para outros momentos do dia : lanches, hapy hour, bebidas…

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