Preço do arroz gaúcho mantém trajetória de alta, mas menos intensa

O mercado doméstico parece ter encontrado uma referência de preços dentro de uma realidade de escassez de oferta interna e necessidade de um grande volume de importações.

Os preços do arroz no Rio Grande do Sul, principal referência nacional, mantêm a trajetória de elevação ao final da primeira quinzena de julho, mas de forma menos intensa. A saca de 50 quilos era comercializada a uma cotação média de R$ 50,75 na quinta-feira (14), ante R$ 50,50 na semana anterior. Ante igual período do mês anterior, a alta era de 22,50%, quando a saca valia R$ 41,43. Na comparação com igual momento de 2015, a elevação era de 52,43%, quando a saca custava R$ 33,29.

Depois de ter se elevado em quase R$ 6,00/saca durante o mês de junho, no mês corrente a elevação acumulada é de apenas R$ 0,40/saca. Conforme o analista de SAFRAS & Mercado, Élcio Bento, o mercado doméstico parece ter encontrado uma referência de preços dentro de uma realidade de escassez de oferta interna e necessidade de um grande volume de importações.

“Nesta nova conjuntura, as negociações realizadas no âmbito doméstico tomam como referência os valores que o produto estrangeiro chega ao país”, explica. Essa recente lateralização das cotações do Brasil sugere que elas se aproximaram do ponto de paridade com as do importado. “Os preços atuais seguem sendo interessantes para a realização de negócios”, frisa.

No cenário internacional, destaque para o relatório de julho de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), divulgado dia 12, que estimou a produção mundial de arroz beneficiado em 481,23 milhões de toneladas para 2016/17, ante 480,72 milhões no mês passado. Para 2014/15, foi estimada safra de 470,64 milhões de toneladas.

As exportações mundiais de arroz beneficiado foram estimadas em 40,53 milhões de toneladas para 2016/17, mesmo patamar no mês passado. A estimativa para o consumo é de 480,63 milhões de toneladas de beneficiado para 2016/17, ante 480,39 milhões de toneladas indicadas no mês anterior. Baseado nas estimativas de produção, exportação e consumo, os estoques finais mundiais de arroz beneficiado na temporada 2016/17 foram previstos em 107,30 milhões de toneladas, ante 106,95 milhões de toneladas no relatório passado. Para 2015/16, foram estimados estoques de 106,7 milhões de toneladas.

A Índia deverá produzir 105 milhões de toneladas beneficiadas em 2016/17; a Tailândia, 17 milhões; e o Vietnã, 28,50 milhões. A safra brasileira está estimada em 8,50 milhões de toneladas de beneficiado. A safra da Indonésia está projetada em 36,6 milhões de toneladas. A produção chinesa está estimada em 146,5 milhões de toneladas.

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