Preços de arroz e de produtos que levam trigo e o arroz devem subir nos supermercados até maio, prevê Abras
De acordo com Honda, o arroz também deve ser ajustado. A quebra de safra na Tailândia e o aumento do consumo mundial devem forçar a correção do preço interno.
A alta internacional dos preços do trigo e do arroz, sentida com mais vigor pelos atacadistas, deve chegar à ponta de consumo em produtos industrializados até maio. A avaliação é de Sussumu Honda, presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Conforme levantamento da entidade, no mês de março houve um queda real de 0,12% no preço da cesta AbrasMercado, que comporta 35 produtos de largo consumo e fechou o mês valendo R$ 232,62.
No confronto com março do ano passado, o aumento foi de 9,58%, também em termos reais deflacionados pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A alta é expressiva, mas equivale a uma desaceleração frente aos 12,65% registrados em dezembro de 2007, por exemplo. Dentre os destaques de baixa em março, a entidade menciona o recuo da carne (6,30%), batata (2,77%) e desinfetante (1,83%).
O preço dessa cesta, no entanto, deve voltar a subir nos próximos meses. A partir de abril e maio os indicadores vão captar a expansão dos preços de trigo e arroz, diz Honda, lembrando que o pão francês deve ser o primeiro a ser remarcado devido ao problema de importação de trigo com a Argentina, que decidiu proibir as exportações do produto para garantir o abastecimento interno.
De acordo com Honda, o arroz também deve ser ajustado. A quebra de safra na Tailândia e o aumento do consumo mundial devem forçar a correção do preço interno. O dirigente evitou, entretanto, fazer estimativas sobre a proporção que esses aumentos terão sobre a cesta.