Preços do arroz continuam altos para o período
No Rio Grande do Sul, o maior produtor de arroz do país, o preço médio terminou a semana em R$ 34,90 a saca de 50 quilos.
O mercado gaúcho de arroz fechou a primeira semana de maio com alta nos preços médios da saca de 50 quilos. "Visto que estamos no final da colheita, os preços estão mais elevados se compararmos com o mesmo período do ano passado", afirma o analista de SAFRAS & Mercado João Gimenez Nogueira.
Ele explica que isso acontece devido à baixa oferta do produto, combinada à demanda de consumo interno firme e à estratégia de alguns produtores de deixar o cereal armazenado para esperar o avanço na remuneração. Além disso,o número de grãos chochos colhidos foi alto. Já em Santa Catarina, o mercado continua absorvendo a oferta, o que mantém os preços estáveis.
No Rio Grande do Sul, o maior produtor de arroz do país, o preço médio terminou a semana em R$ 34,90 a saca de 50 quilos, variação de 0,6% em relação à semana passada. Em relação ao ano passado, a valorização foi de 7,7%. No mercado catarinense, o preço médio (base Turvo) fechou a primeira semana de maio em R$ 35,00 por saca.
Segundo a Emater/RS, as condições meteorológicas foram favoráveis durante grande parte da semana passada, o que proporcionou que agricultores praticamente finalizassem a colheita da safra 2014. Apesar de problemas com chuvas excessivas durante o plantio e do forte calor em janeiro, a produtividade se manterá bastante satisfatória.
Estoques podem reduzir impacto do El Niño
De acordo com o analista de SAFRAS, existe uma expectativa de que maiores estoques globais podem ter efeitos positivos em relação ao El Niño, reduzindo o impacto do fenômeno climático nos preços mundiais. Os dados do Conselho Internacional de Grãos (IGC, na sigla em inglês) apontam que a India deve ficar com estoques baixos. Em contrapartida, Tailândia, China, Vietnã e Paquistão devem registrar bom acúmulo do cereal.
"Atualmente, as economias asiáticas estão mais preparadas para lidar com o El Niño. Elas podem prevenir o que aconteceu no ano passado, quando os preços tiveram uma grande variação", completa Nogueira.