Preços do arroz em casca firmes no início do mês

O fluxo de importações e exportações será determinante para a trajetória dos preços nos próximos meses.

No Rio Grande do Sul, os preços do arroz em casca acumulam uma leve alta de 0,2% em uma semana e de 1,4% nos últimos 30 dias e estão 18,4% acima da mesma época do ano passado. A média atual do preço do arroz em casca FOB produtor do Rio Grande do Sul subiu para R$ 34,12 por saco de 50 Kg, contra R$ 33,89 por saco de 50 Kg na semana anterior. No início do mês de junho, os preços perderam fôlego, mas voltaram a ganhar força nas últimas semanas do mês, principalmente com a escalada do dólar, que encareceu o produto importado.

Segundo as estimativas dos analistas consultados na Pesquisa Focus, realizada pelo Banco Central nesta segunda-feira (01/07), a mediana das projeções para a taxa de câmbio no final de 2013 subiu de R$ 2,13 para R$ 2,15. O mercado de câmbio começou a semana e o segundo semestre há pouco com apenas uma certeza: o dólar vai continuar volátil. A perspectiva de mudança na política monetária dos Estados Unidos, a perda de tração do crescimento da China e a maior desconfiança sobre a economia brasileira podem voltar a pressionar a moeda norte-americana em julho.

Também é certo que o Banco Central continuará agindo para amenizar a volatilidade de olho no combate à inflação. A recente desvalorização do Real poderá exercer pressão de oferta sobre o mercado, pois o ganho de competitividade no âmbito internacional do arroz brasileiro, advindo desse movimento cambial, pode gerar um maior fluxo de exportações e um recuo das importações. Mas esse movimento somente poderá ser constatado a partir de meados de julho. A alta dos preços do arroz em casca acaba tornando o produto beneficiado brasileiro cada vez menos competitivo para exportação.

O fluxo de importações e exportações será determinante para a trajetória dos preços nos próximos meses, já que, até agora, no acumulado deste ano-safra 2012/2013, as importações superam as exportações. Há uma tendência de enfraquecimento dos preços globais do arroz, com grandes estoques acumulados na Tailândia, o segundo maior exportador mundial, e grandes excedentes exportáveis na Índia, pelo terceiro ano consecutivo, o maior exportador mundial de arroz. Fonte: Carlos Cogo.

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