Preços seguem baixos no sul e estáveis no Mato Grosso

Mercado ainda não apresenta viés de alta, apesar dos esforços dos arrozeiros no Rio Grande do Sul. Estoque de Primavera no Mato Grosso gira entre 10% e 15% e começa a ser desovado o Cirad. Em Minas e Tocantins, há queda nos preços.

Apesar da mobilização dos arrozeiros gaúchos pela exportação e para reter a venda do produto, os preços seguem em baixa no sul na abertura do mercado esta semana. No Mato Grosso, o final do estoque de arroz Primavera mantém os preços estabilizados e com tendência de baixa nas próximas semanas, quando começa a ser desovado o produto de qualidade inferior. O arroz Cirad segue sendo comercializado na faixa de R$ 27,00 a R$ 28,00 o saco de 60 quilos.

A retomada das exportações brasileiras para a China deve aquecer o mercado da soja, fazendo com que muitos produtores das regiões Sul e Centro-Oeste voltem a segurar a produção de arroz e a comercializar a oleoginosa.

Em Minas Gerais e no Tocantins, os preços caíram em média R$ 0,50 por saco em uma semana, refletindo a interferência dos preços dos Sul. Consultores de mercado seguem informando o ingresso do arroz uruguaio no Brasil a preços médios de R$ 28,50 posto em Jaguarão para produto com 60% de inteiros, estabelecendo uma alta competitividade com o produto gaúcho.

O diferencial é o baixo custo de produção uruguaio e os incentivos para exportar, além de uma grande safra. O Uruguai colheu 1,1 milhão de toneladas e consome apenas 100 mil toneladas por ano. Por outro lado, é muito grande a expectativa dos produtores gaúchos sobre o 5° Levantamento de Safra da Conab, que deve ser divulgado nos próximos dias. A expectativa é de que os números sejam ajustados para baixo em, no mínimo, 400 mil toneladas.

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