Preços superam R$ 50,00 no Rio Grande do Sul

 Preços superam R$ 50,00 no Rio Grande do Sul

Barata: câmbio e importações são as ameaças aos preços em alta

Firmeza do arroz em casca no Rio Grande do Sul, que passou dos R$ 50,00 exige cuidados dos arrozeiros com quem compra seu produto. Há espaço para subir mais, mas câmbio e importações vão reduzir a intensidade da alta.

O mercado de arroz em casca no Rio Grande do Sul fechou o mês de junho acumulando a mais expressiva alta do ano, em 14,62%, com a saca de 50 quilos (58×10) colocada na indústria cotada a R$ 50,03 para vendas à vista. A movimentação nos mercados gaúcho e catarinense é baixa, pois enquanto o agricultor segura as vendas esperando patamares mais altos (com pedida entre R$ 52,00 e R$ 53,00 por saca) a indústria se apresenta compradora, mas apenas dentro de seus limites. O varejo, também pressionado por causa dos altos preços internacionais, que são sua alternativa, está aceitando com menor resistência o repasse dos custos da matéria-prima pela indústria.

Os fundamentos do mercado jogam a favor da firmeza do preço interno no que diz respeito à relação entre oferta e demanda e a ausência de estoques públicos – o que retira o poder de interferência do governo federal. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) tem pouco mais de 84 mil toneladas armazenadas no Rio Grande do Sul para atender programas sociais e doações humanitárias.

Para o diretor comercial do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), Tiago Sarmento Barata, este perfil de preços entre R$ 49,00 e R$ 50,00 ainda tem fôlego para uma elevação, mas a partir de agora a valorização perderá intensidade.

Segundo ele, o câmbio com a desvalorização do dólar – que chegou a operar perto de R$ 3,20 = US$ 1,00 esta semana – é o ponto negativo para o mercado interno. “Em junho já se registra a importação de 47 mil toneladas de arroz do Uruguai. Talvez a Alfândega brasileira não registre esse total neste mês, mas é esse o volume que cruzou a fronteira uruguaia. E ele é maior do que toda a importação brasileira desta origem em 2015” resume Barata. Num levantamento rápido, o dirigente arrozeiro aponta a compra de 111 mil toneladas de arroz do Uruguai apenas no ano atual.

“Em contrapartida, com o dólar fraco, cai a nossa capacidade de competir no mercado internacional e as exportações estão em queda. A tendência, neste cenário, é que para o restante do ano haja uma inversão da balança comercial do primeiro semestre, com o Brasil comprando mais arroz do que vende”, explica. Segundo ele, 70% do arroz que está entrando no Brasil é do Paraguai. “Hoje há dificuldades de comprar no Paraguai, pois boa parte dos estoques já estão vendidos e serão embarcados paulatinamente, de acordo com a demanda de estados como São Paulo, Minas Gerais e Paraná”, resume.

Ainda segundo Tiago Sarmento Barata, a saída da Grã-Bretanha da União Europeia (Brexit) gerou um efeito contrário ao que era esperado pelos analistas econômicos. “Se esperava que isso resultasse num enfraquecimento do Euro perante o dólar e das demais moedas de países emergentes, mas o dólar seguiu desvalorizando esta semana, numa situação que neutraliza as altas do cereal no mercado internacional. E isso não favorece a uma elevação mais acelerada dos preços internos”, reconhece.

O diretor comercial do Irga ratifica que o custo médio de produção da saca de arroz na temporada foi de R$ 44,71 no Rio Grande do Sul. E que a quebra foi de 16%. “Em função da realidade de cada um, há muita gente indicando outros números, mas o levantamento oficial, que cobriu todas as áreas de atuação do instituto indica exatamente o que foi anunciado pelo Irga”. Ele também afirma que a média da cesta básica no Rio Grande do Sul indica uma alta de R$ 58,00 em 2016. “Apenas 4% disso, valor abaixo da inflação registrada no período, dizem respeito ao arroz”, resume. Segundo ele, arroz, sal e açúcar são os três produtos mais baratos da cesta básica.

MUITA CALMA NESSA HORA

Tiago Sarmento Barata faz um alerta: com preços mais altos e os produtores buscando capitalização, o risco das operações de vendas cresce. “Já vivemos inúmeras vezes situações dramáticas de arrozeiros que, em troca de preços um ou dois reais maiores, resolveram negociar com compradores sem tradição e referências no mercado e se viram no prejuízo, sem receber pelo produto. Neste momento, diante do cenário que se apresenta, é muito importante que o agricultor saiba para quem está vendendo, busque referências, e só feche negócios com total segurança”, aconselha.

26 Comentários

  • Arroz a R$ 50,00 o saco ou mais e Dolar a R$ 3,40, com certeza Exportações em Queda…Perfeita Analize….Cuidado com as Industrias Milagreiras, que so querem arroz A PRAZO e oferecem preços fora da Realidade…

  • Prezado Antonio o senhor é da industria, do agronegócio ou corretor? Se posicione por favor.

  • Realmente a analise está correta. O problema é que tem muitos sonhadores por ai, querendo vender um saco de arroz a R$ 60,00 / R$ 70,00 / U$ 20,00. Pode ser até barato R$ 60,00, porem no mercado internacional tem bem mais barato que isso. E como a industria arrozeira é uma INDUSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO, ou seja, ela compra matéria prima, transforma, coloca margem e vende …. a industria não tem culpa se o preço está alto ou baixo, ela vai buscar aonde estiver mais competitivo, seja no RS ou no Vietnam. E amanhã, terça-feira vamos ter o termômetro do mercado com o leilão privado. Minha expectativa é de venda 0. Vai ficar tudo na pedra, sem comprador.

  • Senhores, este arroz que vai a leilão só tem uma explicação: O produtor quer aparecer na mídia. O valor pedido é fora da realidade. Arroz Argentino, Uruguaio e Paraguaio ja estão entrando no nosso estado a USD 420,00, com o dolar de hoje a R$ 82,00/Sc mais os custos de desembaraço, despachante e transporte chega dentro do engenho a R$ 98,00/Sc. Estamos falando de Arroz Beneficiado Tp 1 com 6% de quebrados. O mesmo arroz produzido dentro no nosso estado e beneficiado não sai por menos de R$ 105,00/Sc. Alguem quer me dar uma conclusão nesta conta se formos industria ou produtor?? Porque eu sei logo logo o que irá acontecer!!

  • Exatamente Ricardo. O próprio produtor está dando um tiro no pé. Esse leilão é palhaçada, movimentar a BBM para isso é piada. Enquanto isso a industria importa matéria prima direto. Empacotadores Paulista e Mineiros trabalhando com arroz Paraguaio dia e noite e no nordeste via navio do Uruguai. Vietnamitas com o pires na mão para vender seus produtos para as industrias brasileiras. Vai entrar um absurdo de arroz importado, quando os produtores forem se desfazer do arroz reprezado vão jogar o preço para baixo. Quero ver quantos anos vai levar para o estoque nacional normalizar novamente, depois reclamam de preços baixos ……

  • Sr. Bud, não compare arroz paraguaio e vietnamita com o arroz Gaucho, sua indústria não tem qualidade ou Sr está no ramo errado, arroz Uruguaio? Uruguai planta pouco mais que a cidade de Uruguaina, não adianta terrorismo, arroz bom está na mão dos produtores do RS, quer ? Pague ou seguiremos exportando e vendendo para indústrias que prezam qualidade, se a sua indústria for beneficiar híbrido americano ou arroz ratalino asiático, temos as que vão pagar pelo nosso, não se preocupe.
    Arroz acaba de chegar no preço do custo de produção, estamos proibidos de ter lucro ? Não se esqueçam 2002 estoques a estes níveis arroz foi a u$20,00 quando falta não tem de onde vir, pode espernear.
    Soja na várzea neles

  • Ora, ora! Agora estão fazendo terrorismo com o pouco lucro do produtor. Se não me engano, quem agora diz que sabe o que logo logo irá acontecer foi quem perguntou pra quem eu iria vender meu arroz a 50 reais há um tempo atrás. Muita calma nessa hora, amigos da indústria. Há arroz no Mercosul suficiente pro consumo. Apenas está mais ajustado o quadro. Desajustar a produção por vários anos é tiro no pé do país, pobre e pretensamente agrícola. Paguem de vez em quando algo que cubra nossos custos. O país como um todo agradece. Sds

  • Não vejo solução a não ser que governo crie um fundo de AGF com um preço de R$60,00 ou mais. Isso dificilmente vai ocorrer. O produtor só tem uma saída, diminuir drasticamente a área. Quem plantar coxilha com levante, plante soja, R$1800,00 a R$2000,00, os experimentos do IRGA indicam projeção de 75 sacas/ha, com soja a 90, vamos diminuir para 55 por 90 são R$4950,00 bruto por ha. Tirando 2000 sobra 2950 lucro líquido de 148%. Um detalhe pode plantar a área total, não precisa plantar a metade, arroz requer geralmente pousio de 1 ano, resultado dobro da área para plantar. Arroz para produzir 320 por quadra custo de R$8000,00, da para plantar 4 vezes em soja. Resultado do arroz com 183,65 /ha custo de R$43,56 para vender no ano que vem a R$40,00 prejuízo de R$3,56 resultado final prejuízo de 8%. O que será melhor lucrar 148% com area dobrada ou deixar o pousio e perder 8%. Usem a matemática gente. Vão chegar a conclusão que não vale a pena pensar em plantar arroz. Precisa explicar mais. Soja na várzea e na coxilha gente, errar é humano, persistir no erro é burrice. Diminuam área e lucrarão, plantem tudo que puderem e aguardem o prejuízo certo. Eu resolvi parar o prejuízo desde o ano passado, acabou o prejuízo todo o ano.
    A hora que o produtor parar de produzir eu quero ver o que a cidade vai comer.
    A industria diz que vai importar, deixa que importem, o governo logo vai se dar conta que os dólares vão sair pelo ralo e vão ter de criar uma politica agrícola que garanta a produção. Usem a arma que tem na mão, a ÚNICA COISA QUE CONTROLAM : o que vão produzir.
    Plantem tudo que puderem neste ano = Prejuízo no ano que vem.
    Plantem a metade = Lucro no ano que vem.
    O excesso de oferta joga o preço para baixo = Prejuízo
    Getúlio Vargas no tempo que governou, queimou café para não ter excesso de oferta para manter preço no mercado.
    Depois não se queixem, essa é a única saida.
    TRABALHEM MENOS E GANHEM MAIS.

  • Sr. Diego e demais companheiros. Não vamos ser hipocritas. O mercado e grande e para todos. Quem regula é o consumidor final, se ele não quer pagar não nestes valores que atualmente estão pedindo como no caso do arroz na Bolsa. Como disse anteriormente, este produtor esta SE ACHANDO!!! Logo logo ele estará vendendo este mesmo arroz a R$ 47,00/50,00 que é o preço real no mercado consumidor hoje. Outra informação, todos estão consumindo arroz Uruguaio, Argentino e Paraguaio e ninguem esta se dando de conta, sabem o por que?? O produtor gaucho esta represando e não querem vender. Quando virão para o mercado lá em setembro/outubro/novenbro os preços irão despencar pelo excesso de oferta, ai irá começar a brotar arroz de onde o produtor já tinha dito que não tinha mais.

  • Prezado Sr. Diego ….. a maioria dos Arrozes produzido hoje em dia tem excelente qualidade, seja ele Gaúcho, Americano ou Asiático. São tão bons que já estão abastecendo as gondolas dos supermercados. E por isso o preço é balizado pelo mercado internacional. Porque não exportam arroz gaúcho a R$ 60,00 a saca se o nosso arroz é superior a todos os outros ???
    Simplesmente porque ele não vale isso. Exemplo claro é o leilão de hoje são 11:10 e não teve NENHUMA OFERTA.
    O Senhor deve estar consumindo um produto importado e talvez nem saiba….

  • O q esta acontecendo hj ´´e uma adequação de mercado no preço , e o produtor q conseguiu segurar uma parte da produção esta tendo a oportunidade de ter um pouco de lucro aquele q conseguiu fazer uma lavoura barata pois,, todo mundo sabe q a colheita foi fraca ,hj na minha opinião o arroz só é sustentável num sistema de produção integrado com pecuaria ou e soja e pastagem se não a atividade não se sustenta.infelizmente produzir arroz como unica atividade não da mais.

  • BINGO, resultado mais que esperado para o leilão da Bolsa,sem venda e também nenhuma contraoferta como já se previa. Realmente o valor pedido pelo produtor ( que pelo visto só queria se promover) não é a realidade do mercado!!! Ganancia nesta hora é comer o churrasco a moda de Carpaccio!!!

  • Caro Bud, dizer que arroz americano tem qualidade igual ao gaucho nota-se que o Sr. é uma pessoa que não conhece arroz nem na panela quanto mais em uma lavoura, industrias que primam qualidade não vão colocar essas porcarias americanas ou paraguaias em suas marcas Tops, o Sr não tem a mínima noção do que esta falando pois querer falar que hibrido americano tem qualidade demostra que o sr é um grande desconhecedor do assunto.
    Estamos no mês 07 faltam no mínimo mais 07 para nova safra, arroz tem muito que subir ainda, quem já vendeu a U$20,00 sabe do que estou falando, 60,00 era pra ser preço mínimo no Brasil mais de 50,00 é o custo

  • diego muita calma nessa hora nos leiloes anteriores foi mesma forma termina leilao eles vem rapido ja estou acertado lote 60 reais avista

  • Kakakakakakakakakaka
    R$ 60,00 a vista ???
    E porque não vendeu nem 1 saco no Leilão ?
    A maior piada do ano.
    Parabéns Sr. Jose, como piadista o senhor se sai bem.

  • Sr. Vizzotto, Nova Bréssia, é logo ali em São Borja. Se o Sr. achou que levando para a Bolsa para ser conhecido foi a piada do ano. Fique esperando, logo logo irás vender a R$ 50,00 ou menos.

  • Gostaria de convidar a todos que ficam a dizer que o arroz é para baixar, que o preço esta alto demais, que venha para cá e plante 25 ha como é mais ou menos a média aqui da região, que o Rio Jacui não saia do leito como no ultimo ano, que também nao falte água como em anos de seca. Venha aqui e tente sobreviver. E quero que também me conte o que você come por 15 a 20 reais o pct de 5 kg de arroz e 15 reais o kg de feijão por 30 dias para uma familia de 3 pessoas. Acho é que ainda é barato demais para alguns que menospresam um alimento tão valioso. Como o Arroz e o feijão.

  • Vizzotto, leia este artigo de 16 de maio, fala que preço do arroz pode dobrar superando os US$22,00 .
    http://www.usamarkeet.tk/2016/05/price-of-rice-could-double.html
    Um detalhe fala em 20 dolares por 100 libras o que representa 22 a saca de 50Kg. 100 libras = 45 kg

  • É impressionante a saga brasileira de exploração ao trabalho da agricultura, especialmente aos produtores gaúchos, demonstrada pela maioria das instituições que gravitam em torno do arroz, nosso alimento básico e de cultivo altamente tecnológico e dispendioso. Não bastasse os elevados preços dos insumos, todos importados e com valores estabelecidos tendo como padrão de preços o dólar americano, ainda surgem todos os dias as manifestações selvagens de um indisfarçável ódio aos produtores.
    Presentemente o Presidente da Abiarroz – Associação Brasileira da Indústria do Arroz, publicou artigo acusando os orizicultores de encetarem movimento especulativo do setor, em mais uma sanha que demonstra uma espécie de ódio por aqueles que produzem a matéria prima para que a indústria que lhes rende os lucros mais escorchantes que esse tipo de exploração selvagem pode usufruir.
    Mario Pegorer publicou nota mentirosa e recheada de má fé contra os agricultores gaúchos, manipulando índices da chamada prostituta dos argumentos que é a estatística. Ao invés de dirigir e defender a entidade que deveria ser uma parceira dos produtores, pois afinal sem estes, a indústria nem sequer existiria, resolve atacar com argumentos baixos os arrozeiros gaúchos, que estão na maioria quebrados, endividados e dependendo de soluções advindas do Governo Federal, que invariavelmente apenas propõe parcelamento das dívidas, procrastinando apenas a situação de insolvência financeira daqueles que apenas quiseram produzir alimentos neste país.
    O arroz, na presente safra teve uma produtividade muito baixa no Rio Grande do Sul, precipuamente na Fronteira Oeste do nosso estado. E as medidas governamentais são simplesmente paliativas. Mas se este senhor for da turma que financia políticos através das já conhecidas práticas que vimos todos os dias no noticiário, podem ter certeza, ao invés do setor produtivo obter uma ação de apoio do Governo Federal, amanhã ou depois serão autorizadas importações do produto com isenção total de todos os impostos como tem acontecido até agora. E os países que produzem arroz maquiado de venenos de todos os tipos, entrarão em nossos lares para locupletar políticos e pessoas como o Sr. Pegorer.
    Fui produtor. Estou abandonando a luta porque ela é inglória. Vendi campos e outros bens para pagar contas. E não foi por mera incompetência. Foi por me sentir cansado de rezar pra chover, pra parar de chover, para conseguir plantar numa janela de tempo muito pequena, pra conseguir vender e finalmente pra receber o pagamento dos produtos, num mundo de espertalhões e caloteiros como são algumas empresas desse setor, que surpreendentemente, depois de amansar o produtor, fecha as portas ou requer a maior das patifarias que a legislação brasileira já constituiu, a chamada Recuperação Judicial. Recurso esse que não cabe para os produtores, que uma vez vítimas de uma frustração de safra é obrigado a parar de plantar e vender até a alma para honrar seus compromissos.
    E quando alguém brada, “mas que país é esse?” Eu lhes respondo: “Isso” é o Brasil.
    Elder Pianta (São Borja-Rs)

  • Aqui temos um exemplo clássico: Dois produtores da mesma cidade em situações opostas. O Sr. Jose que ofertou arroz em leilão a R$ 59,50 e o Sr. Elder. O primeiro está muito bem pelo que podemos ver, mas o segundo pelo seu relato teve de sair da atividade.

    Pois bem ! Fica a pergunta : o que um fez de certo e o outro de errado ?

  • Provavelmente o que deu certo está capitalizado e vende o arroz no momento que supera seu custo de produção pois este tem seu produto na mão e escolhe o momento para vender, o pessoal que está dando errado está descapitalizado é chega na safra tendo que líquidar todo seu arroz ao preço que está, quer ele cubra o custo de produção ou não. Pergunta de fácil resposta essa …
    Agora como fazer todos dar certo ? No dia que a indústria entender que precisamos ser parceiros e trabalhe em conjunto, temos nosso custos abertos, cabe ao pessoal entender que vai matar sua galinha de ovos de ouro comprando arroz barato, aí sobram os capitalizados que querem ter lucro … aí até o presidente da abiarroz fica incomodado quando o preço começa a cobrir o custo de produção

  • Faço a pergunta também para a indústria, por que algumas estão bem e outras quebrando? E perfeita resposta Diego Silva.

  • Acertou na mosca Sr. Diego, a diferença esta em quem está capitalizado.

  • Perfeito. Então quem está descapitalizado tem que sair do negocio. Assim como as industrias descapitalizadas, também tem que sair.
    Não tem outra maneira. O pessoal descapitalizado é o próprio concorrente dentro do seu negocio.

  • Parabéns pelo comentário sr. Elder Soares Pianta, retrata com fidelidade a atual situação da maioria dos produtores de arroz do estado e a selvagem voracidade capitalista da indústria em relação a seu principal fornecedor de matéria prima.

  • Colegas é incompreensível a manifestação das industrias de arroz e seus representantes. O arroz corrigido pela inflação, dos últimos 20 anos, deveria valer 80 reais o saco de 50 kg. Sempre nos admiramos que não reduzia a área de arroz (brincávamos que plantar arroz era uma ”cachaça brava”), mas nos últimos 12 anos tivemos 9 de prejuízo, pagando para produzir, por causa disso se chegou a um endividamento, atualmente, impagável. A redução de área que tanto falávamos está ocorrendo naturalmente por causa da falência dos produtores, por falta de uma política agrícola adequada. Nós da região central tivemos enormes perdas por causa das enchentes, assim como outras regiões também registraram, mas além desses fenômenos climáticos, outros fatores ocasionaram a redução de área plantada tais como: a falta de financiamentos (CPF limpo), falta de garantia de preço justo. Para a próxima safra será ainda menor a área plantada pelos mesmos fatores, afinal com esse preço mínimo de 34,97 quem se anima a plantar arroz??? Produzir um hectare de arroz custa 8000 reais, da onde vira esse dinheiro??? Então é momento da industria formar parcerias com o produtor, ao invés de critica-lo.

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