Prejuízo de arrozeiros é de R$ 2,3 bi
Guedes sinalizou que o governo trabalha no assunto e que parte dessa nova política inclui novos mecanismos de proteção, com menor intervenção pública como operações de mercado futuro. Uma das reivindicações foi atendida nesta safra com a antecipação de recursos.
O prejuízo com a venda do arroz abaixo do preço de custo desde 2005 acumula R$ 2,3 bilhões até fevereiro de 2007. O levantamento foi apresentado pelo presidente da Federarroz, Valter Pötter, ontem, na 17ª Abertura Oficial da Colheita de Arroz, em São Gabriel. O valor somou R$ 1,25 bilhão em 2005 e R$ 1,13 bilhão em 2006. Buscando reverter o quadro, o setor cobrou do ministro da Agricultura, Luis Carlos Guedes, uma nova política agrícola federal, que inclua saneamento financeiro, pagamento de remoção de produtos e preço minímo compatível com o custo produtivo.
Guedes sinalizou que o governo trabalha no assunto e que parte dessa nova política inclui novos mecanismos de proteção, com menor intervenção pública como operações de mercado futuro. Uma das reivindicações foi atendida nesta safra com a antecipação de recursos.
Ontem, o vice-presidente de Agronegócio e Governo do Banco do Brasil (BB), Dercí Alcantara, anunciou que as agências começam a operar, neste mês, a linha Antecipação Insumos, que permite financiamento de compras para as lavouras de verão da safra 2007/08. O recurso soma R$ 1,2 bilhão.
Os orizicultores também cobraram medidas para diminuir a concorrência desleal do grão no Mercosul. Guedes garantiu que a União compensará o setor de possíveis prejuízos causados pela entrada do arroz do Uruguai.
A governadora Yeda Crusius anunciou que designará um grupo de trabalho para regulamentar e implementar a lei 12.427, que obriga exames fitossanitários no ingresso de grãos e alimentos do Mercosul. Ela também garantiu que está em avaliação a regulamentação da lei 12.685, que trata da taxa CDO para o arroz importado. Em 2008, a abertura da colheita será na Estação Experimental do Irga, em Cachoeirinha.