Produção catarinense voltará a crescer em 2004/05
Área catarinense deve crescer. Toda a lavoura está plantada.
As lavouras do irrigado em Santa Catarina, que devem ocupar 146,8 mil hectares, encontram-se predominantemente na fase de desenvolvimento vegetativo. Como na última safra se semeou pouco menos de 143,2 mil hectares, o primeiro levantamento do IBGE, referente a outubro/04, prognostica um incremento de 2,5% na área irrigada estadual.
Prevê-se, também, um crescimento de 5% (de 6.996 para 7.346 kg/ha) no rendimento médio da lavoura por unidade de área, o que gerará uma produção de arroz quase 8% maior (1.078,5 mil toneladas). As lavouras de arroz de sequeiro, de pequena expressão, têm sua área estimada em 7,4 mil hectares (14,4% a menos do que na safra 03/04); sua produtividade, em 1.776 kg/ha (54,6% a mais) e sua produção, em 13 mil toneladas (mais 32,4%).
Logo, a área estadual de arroz deve ficar em torno de 154,2 mil hectares; o rendimento médio, em 7,08 mil kg/ha e a quantidade produzida, perto de 1,1 milhão de toneladas.
Apenas Araranguá, principal região produtora, tem no crescimento da produtividade a razão maior de seu forte crescimento produtivo (16,5%) em relação à safra 03/04. Os aumentos mais expressivos das produções de Itajaí (11,5%), Criciúma (6,5%) e Rio do Sul (5,5%) têm por base a incorporação de área (10,5%, 4,5% e 6%, respectivamente).
As outras três importantes regiões produtoras catarinenses terão crescimento de pequena monta (Joinville) ou inexpressivo (Tubarão e Blumenau), mas deverão perder área e/ou produção.
Este crescimento da produção catarinense acontece apesar do comportamento do arroz no mercado interno.
Sua comercialização continua a se pautar por ritmo lento e por pequenos volumes negociados, além da estabilização dos preços em baixa. Assim, desde o dia 27 de outubro último, os preços ao produtor gaúcho permanecem em R$ 28,50/sc de 50 kg em Capivari; em R$ 26,25/sc de 50 kg em São Borja e Santa Maria e em R$ 26,00/sc de 50 kg nas demais praças gaúchas.
Nas praças catarinenses, no mesmo intervalo de tempo, os preços aos produtores se movimentaram apenas nas praças de Laguna e Tubarão, caindo R$ 1,00/sc de 50 kg, passando a R$ 26,00.
Em Araranguá e Criciúma, esses preços permanecem em R$ 27,00/sc de 50 kg; em Rio do Sul e Ibirama, em R$ 28,00/sc de 50 kg) e em Blumenau e Itajaí, em R$ 29,00.
No atacado paulistano, ainda no mesmo período (base CIF e prazo de 30 dias, com ICMS), os três principais tipos do beneficiado também mantiveram os mesmos níveis de preços: R$ 38,00/fardo de 30 kg para o agulhinha tipo 1, R$ 35,50 para o agulhinha tipo 2 e R$ 38,50 para o parboilizado tipo 1.