Produção de grãos da China em 2023 ultrapassa 695 milhões de toneladas
Um agricultor dirige uma máquina agrícola para colher arroz em uma fazenda familiar no distrito de Jiutai, em Changchun, província de Jilin, nordeste da China, em 20 de setembro de 2022. A colheita de outono começou recentemente nas áreas de cultivo de arroz em toda a província. Foto: Xinhua
(Por Xinhua) A produção total de grãos da China este ano ultrapassou 695,41 milhões de toneladas, um aumento anual de 1,3%, graças aos esforços eficazes do governo para reforçar a produção de alimentos, mostraram dados oficiais na segunda-feira.
De acordo com o Gabinete Nacional de Estatísticas (NBS), 2023 é o nono ano consecutivo em que a colheita de cereais ultrapassou os 650 milhões de toneladas, estabelecendo uma base sólida para acelerar a construção de um sector agrícola forte, que apoie o desenvolvimento de alta qualidade do país, ao mesmo tempo que dá um contributo positivo para a estabilização do mercado alimentar mundial e para a salvaguarda da segurança alimentar.
Além disso, a produção de milho aumentou 4,2% em termos anuais, a produção de trigo caiu 0,8% e a produção de arroz diminuiu 0,9%.
Entretanto, a colheita deste ano não foi facilmente alcançada. Ocorreu apesar dos eventos climáticos negativos, incluindo um período chuvoso prolongado nas regiões ao longo dos rios Amarelo e Huaihe, inundações nas regiões norte e nordeste e seca no noroeste, disse Wang Guirong, funcionário do DNE.
“O aumento deste ano na produção de cereais permitiu ao nosso país aderir ainda mais à iniciativa da segurança alimentar, ao mesmo tempo que fornece um estabilizador para a melhoria do celeiro mundial”, disse Li Guoxiang, investigador da Academia Chinesa de Ciências Sociais, ao Global Times na segunda-feira.
A China sempre deu prioridade máxima à segurança alimentar. Em Fevereiro, o país emitiu o seu documento central n.º 1 para 2023, apelando a maiores esforços para estabilizar a produção e garantir o fornecimento de cereais e de produtos agrícolas importantes.
O documento é visto como um indicador de prioridades políticas. O trabalho na agricultura e nas zonas rurais tem estado no topo da agenda durante 20 anos consecutivos desde 2004, afirmou a Agência de Notícias Xinhua.
“A abundante colheita de cereais deste ano beneficiou das vantagens institucionais do país. O governo central enfatizou a segurança alimentar e as autoridades locais assumiram ativamente responsabilidades pela expansão da área de plantação, estabelecendo uma base sólida para o aumento da produção de cereais”, disse Li, observando que retornos mais elevados para os agricultores aumentaram a sua confiança e motivação para cultivar.
Para incentivar os agricultores a cultivarem cereais, o governo central aumentou os preços mínimos de compra do trigo e do arroz e melhorou as políticas de subsídios aos cereais para os agricultores de milho e soja em 2023, observou Wang.
Como resultado, a área de plantação de cereais da China atingiu 1,785 mil milhões de mu (119 milhões de hectares) em 2023, um aumento de 0,5% em termos anuais.
A área semeada de soja situou-se em 157 milhões de mu, um aumento de 2,2 por cento, e é o segundo ano em que o país mantém uma área de sementeira de soja superior a 150 milhões de mu.
Das 31 regiões a nível provincial, 27 aumentaram a sua produção de cereais. A Região Autônoma Uigur de Xinjiang, no noroeste da China, aumentou sua produção de grãos em 30,55 milhões de toneladas a partir de 2022, ajustando a estrutura de plantio e otimizando a alocação de recursos hídricos.
O aumento da produção de soja este ano destaca a determinação do país em aumentar a sua taxa de auto-suficiência em soja. Em 2023, a produção de soja da China totalizou 41,68 bilhões de jin 205,43 milhões de toneladas, um aumento de 2,8% em relação ao ano anterior.
“O aumento na produção de soja e nas áreas de plantio são os principais destaques da abundante colheita de grãos deste ano. A produção de soja da China manteve a dinâmica de crescimento este ano, o que é de grande importância para melhorar a estrutura de nossa oferta e demanda de grãos e atender às necessidades atualizadas de consumidores”, observou Li.
Wang observou que a colheita deste ano coincide com os esforços do país para aumentar os rendimentos por unidade das principais culturas e melhorar o apoio tecnológico ao cultivo agrícola.
O rendimento de grãos do país por unidade de área aumentou 0,8% em relação ao ano anterior. O aumento do rendimento contribuiu com 58,7% para o aumento na produção de grãos, mostraram os dados do DNE.
