Produção em alta

 Produção em alta

Clima trará colheita mais farta de arroz no Sul do Brasil.

A safra brasileira de arroz 2010/11 será pelo menos 7,1% maior do que a anterior, numa projeção que poderá alcançar um resultado até 8,9% maior, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Esta safra será marcada pelo clima, com a presença do fenômeno climático La Niña, que, com as barragens cheias no Sul, afeta favoravelmente a cultura do arroz, com dias quentes e ensolarados. 

Em seu primeiro levantamento, a Conab indica produção entre 12,057 e 12,267 milhões de toneladas, considerando os limites inferior e superior da estimativa, sobre 11,260 milhões de toneladas colhidos no ciclo 2009/10. A superfície que será semeada com arroz na temporada 2010/11 é estimada entre 2,735 e 2,776 milhões de hectares em todo o Brasil, com variação que pode ser de 1,1% negativa a 0,4% superior aos 2,764 milhões semeados na safra 2009/10. 

O clima no Sul do Brasil, principalmente, e a boa condição de reserva de água nas barragens para irrigação também vão contribuir com um ganho em produtividade, segundo a Conab, que estima a média produtiva da próxima safra em 4.413 quilos por hectare, 8,4% maior do que os 4.073 quilos por hectare da temporada anterior.

RANKING
Entre os grandes produtores de arroz do Brasil, o Rio Grande do Sul se manterá liderando o ranking, projetando a colheita de um volume estimado entre 7,691 e 7,842 milhões de toneladas. Depois de perdas significativas de área e produção na safra passada em razão dos danos causados pelo fenômeno climático El Niño, o estado apresentará avanço entre 11,2% e 13,3%. A área semeada deve ficar entre 1,101 e 1,122 milhão de hectares, que será 2% a 4% superior aos 1,079 milhão de hectares plantados em 2009/10.
O rendimento médio por área deve crescer 9%, dos 6.410 quilos por hectare obtidos no ciclo 2009/10 para 6.985 quilos por hectare. 

A produção catarinense tende a avançar 0,3% em razão da área bastante limitada para expansão naquele estado. O resultado esperado é de 1,055 a 1,060 milhão de toneladas colhidas, mantendo Santa Catarina como o segundo maior estado produtor do país.

Fique de olho
A novidade fica por conta do Maranhão, que, além da terceira maior área, assume a terceira posição em produção no Brasil, com uma safra que alcançará 648,6 mil toneladas, um crescimento de 26% sobre as 514,7 mil toneladas calculadas para 2009/10, mantendo os mesmos 470 mil hectares semeados. A alta produtiva do Maranhão está diretamente associada ao rendimento por área, que deve alcançar 1.380 quilos por hectare em razão das tecnologias agregadas, principalmente na zona irrigada. 

O Mato Grosso, que já foi o segundo maior produtor brasileiro, caiu para a quarta posição do ranking. A redução produtiva vem se mantendo desde a limitação da expansão de lavouras em áreas de florestas e a priorização da soja, mais rentável e adaptada ao sistema de produção do Cerrado. Ainda assim, a qualidade do produto deste estado evoluiu muito nos últimos quatro anos em razão de variedades mais produtivas e de qualidade superior de grão, além da evolução tecnológica do manejo nas chamadas áreas velhas, de rotação ou recuperação de pastagens degradadas. 

A área plantada do Mato Grosso deverá ser diminuída entre 15% e 20%, de 246,9 mil hectares para algo entre 197,5 e 209,9 mil hectares. A produção deve reduzir de 742,7 mil hectares para um volume estimado entre 574,7 e 610,8 mil toneladas, uma retração entre 22,6% e 17,8%, respectivamente. A produtividade, segundo a Conab, deverá cair 3,3%, um pouco em função do clima, de 3.008 quilos por hectare para 2.910 quilos por hectare, e a produção não será suficiente para atender à demanda da indústria estadual.

Deixe um comentário

Postagens relacionadas

Receba nossa newsletter