Produção mundial aumenta

 Produção mundial aumenta

Ásia: aumento da oferta mundial e dos estoques

Estoques chegarão ao recorde de 164,5 milhões de toneladas, segundo relatório da FAO.

A Agência da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) consolidou os números da safra mundial de arroz em 2011. Foram alcançados 723 milhões de toneladas do cereal em base casca (483,3 milhões em arroz branco), com aumento de 2,9% sobre os 702 milhões de toneladas colhidos em 2010.

Apesar da seca nos Estados Unidos, o atraso das monções na Índia e perdas na Coreia do Sul, que geram expectativa de perdas na orizicultura mundial, a FAO prevê para 2012 uma colheita estável, em 725 milhões de toneladas (483 milhões em arroz branco), com aumento de 0,3%. A previsão é de safra maior na China, Indonésia e Tailândia. Na África, a produção pode subir 3%, pelas melhores condições climáticas. Já na América Latina, e especialmente no Cone Sul, a produção do grão deve cair entre 12% e 13%, segundo os analistas. Questões climáticas e conjunturais afetarão a safra.

Em 2011, o comércio mundial deu um salto de 12%, alcançando um volume recorde de 35,2 milhões de toneladas, contra 31,4 milhões em 2010. Em 2012, o comércio cairá 2,8%, para 34,2 milhões, devido à redução da demanda de importação asiática. Mesmo assim, a China começa a liberar estoques públicos em leilões para assegurar o abastecimento interno e normalizar preços até outubro, quando começa a sua principal safra. Em julho, os preços internacionais enfraqueceram na Ásia, apesar de se manterem firmes nos Estados Unidos e Mercosul em razão das perdas climáticas e conjunturas locais. A expectativa é de preços com maior volatilidade para o restante do ano, entre tendências baixistas pelos altos estoques da Tailândia, ou tensões de alta pelas incertezas sobre o resultado da safra da Índia.

ESTOQUES
Os estoques mundiais de arroz no final de 2011 alcançaram 141 milhões de toneladas, superando em 4,9% os 134,4 milhões em 2010. Já em 2012, as projeções mundiais foram aumentadas para o recorde de 156 milhões de toneladas, em alta de 10,5% sobre o ano passado. E as perspectivas para 2013 indicam novo incremento, de 5,5%, para 164,5 milhões de toneladas do cereal. Segundo o analista Patrício Méndez del Villar, do Centro de Cooperação Internacional em Pesquisas Agronômicas para o Desenvolvimento (Cirad) da França, tais reservas representam 35% da demanda mundial.

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