Produtores de arroz buscam crédito às vésperas do plantio
Nesta quinta-feira (13), às 9h30min, entidades representativas de classe estarão mobilizadas no Plenarinho da Assembléia Legislativa, durante audiência pública da Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo.
Às vésperas do plantio das lavouras de arroz no Rio Grande do Sul, os produtores ainda buscam a prorrogação das parcelas dos custeios refinanciáveis junto ao Banco do Brasil, conforme estabelecido em medidas anunciadas pelo governo federal.
Nesta quinta-feira (13), às 9h30min, entidades representativas de classe estarão mobilizadas no Plenarinho da Assembléia Legislativa, durante audiência pública da Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo, presidida pelo deputado Adolfo Brito (PP). A Federação das Associações de Arrozeiros do RS (Federarroz), entidade que congrega 18 mil produtores no Estado, relata que os agricultores estão enfrentando dificuldades para acessar novos recursos na instituição bancária. Ainda durante a audiência, será tratado sobre o Pronaf Investimento e Pronaf Custeio e Crédito.
Os produtores apontam, em documento enviado à Comissão de Agricultura, que “apesar das inúmeras reuniões com participação de parlamentares, de representantes de entidades de classe, do governo federal e dos próprios diretores do Banco do Brasil (que resultaram em quatro resoluções do Banco Central e no decreto do Executivo), não houve concordância do banco em aderir às medidas e repassar aos agricultores”.
Na safra 2006/2007, os produtores de arroz no Estado tiveram uma renda de R$ 2,77 bilhões, enquanto que o custo de produção chegou a R$ 2,91 bilhões. O presidente da Comissão de Agricultura destaca que a oportunidade das entidades se manifestarem diante da direção do Banco do Brasil e de representantes do Ministério da Agricultura será fundamental para que se chegue a uma solução imediata, tendo em vista justamente o prejuízo acumulados pelos agricultores nas safras anteriores.
– Milhares de produtores estão aguardando o desfecho do assunto para dar início ao plantio da próxima safra. Eles precisam adquirir insumos e se organizar para mais um ano de trabalho – alerta Brito.
De acordo com informações da Federarroz, o Banco do Brasil está exigindo também o uso de semente certificada para os produtores acessar os recursos para a nova safra. Porém, segundo o presidente da entidade, Renato Rocha, a demanda por sementes é de 3 milhões de sacas e o Estado dispõem a apenas de 1 milhão de sacas de semente certificada e aprovada. Os produtores de arroz também relatam que a instituição bancária condicionou a prorrogação dos custeios refinanciados à comprovação de perdas em safras anteriores.