Produtores deixam de cultivar 14,5 mil hectares de arroz no Peru
(Por Planeta Arroz) A “grande campanha agrícola” que se inicia entre os meses de julho e agosto ainda não começou, mas as safras da chamada “pequena campanha” nesses meses do ano parecem estar parcialmente recompostas, como é o caso do milho , que aumentou em hectares adicionais e arroz, que mostra uma ligeira diminuição.
A este respeito, o presidente do Agrobanco, César Quispe, comenta que há um aumento das áreas de cultivo de milho, e um ligeiro decréscimo de menos 3,5% nas áreas de cultivo de arroz, o que significa menos 14.750 hectares.
“O que não mudou até agora são as lavouras de batata, que é um produto sensível, mas que será visto na grande campanha”, mencionou.
Em relação às lavouras de arroz, Hermitanio Rojas Rafael, presidente da Associação Peruana de Produtores de Arroz (Apear), indica que no Peru existem mais de 414.000 hectares oficialmente, mas extraoficialmente pode se estender até 550.000 hectares em todo o país. não significa escassez de cereais.
Para muitos produtores do litoral, eles enfrentam um aumento de custos, mas o mesmo não está acontecendo na selva peruana. (Leia amanhã, as oportunidades e desafios no cultivo de arroz).
Créditos extraordinários para fertilizantes
Dada a escassez de fertilizantes e os altos custos envolvidos, César Quispe estima que a oferta possa chegar na próxima semana, mas o que ele enfrentará é uma demanda extraordinária por créditos para as lavouras.
“O Agrobanco está em processo de recuperação de seus recursos. Temos recursos para julho e agosto, mas se houver uma demanda extraordinária dos agricultores para cobrir os altos preços dos fertilizantes, precisaremos de capital adicional, pois podemos ficar sem recursos para novas colocações em setembro ou outubro”, disse.
Até agora, afirma Quispe, há recursos previstos para ter liquidez até novembro, mas se houver uma demanda extraordinária de empréstimos em julho e agosto, eles verão a necessidade de aumentos de capital.
Cobranças judiciais para S/ 100 milhões
O presidente do Agrobanco comenta que no ano passado conseguiram recuperar cerca de S/ 24 milhões de créditos vencidos e este ano a expectativa é recuperar S/ 100 milhões para cobranças judiciais.
Sustenta que já existem vários processos em que o recurso foi concluído e os leilões vão começar, embora considere que todo este processo de cobrança judicial vai demorar pelo menos três anos.
Em azul, depois de sete anos
Por outro lado, César Quispe menciona que o Agrobanco reportou um lucro de S/ 13,69 milhões pela primeira vez após sete anos no vermelho.
“Nestes primeiros quatro meses houve um lucro de 13,69 milhões e já estamos no azul, depois de 7 anos não houve. No ano passado tivemos um prejuízo de 13,5 milhões em abril e agora invertemos a tendência”, comentou.
As perdas da entidade financeira foram devidas às provisões feitas pela carteira pesada que só permitia colocações de S/ 55 milhões até o ano passado, mas reverteram aumentando suas colocações para S/ 270 milhões, já que a nova carteira tem um inadimplência de 1,8%.
“Com os interesses dessas novas colocações estamos cobrindo as operações e provisões do banco”, disse.
A única coisa que os afeta agora é a volatilidade da taxa de câmbio, devido às colocações em dólares, “até agora este ano a alta da taxa de câmbio nos impactou cerca de S/ 10 milhões em resultados”.
Apesar disso, espera fechar o ano como entidade autossustentável.