Projeto Marca entra em cena

 Projeto Marca entra em cena

Sustentabilidade e baixo impacto ambiental são a proposta do Marca

Alta produtividade é buscada em seis experimentos.

A Embrapa Clima Temperado está monitorando na safra 2004/2005 seis áreas com 10 e 20 hectares, em diferentes regiões orizícolas do Rio Grande do Sul, onde estão sendo executadas as práticas preconizadas pelo projeto Manejo Racional da Cultura do Arroz (Marca). Segundo o pesquisador Algenor Gomes, da Embrapa Clima Temperado, o trabalho está sendo desenvolvido com uma metodologia participativa, onde produtores e pesquisadores interagem para redefinir ações diante de possíveis entraves que venham a surgir no decorrer do trabalho. O objetivo é aumentar a produtividade e diminuir os impactos ambientais da lavoura. As primeiras lavouras onde as técnicas do Marca estão sendo aplicadas são em Dom Pedrito (Estância Tulipa e Estância Guatambu), Rosário do Sul (Fundação Bradesco e Coarroz/Moacir Dalmolin), Pelotas (Granja Reichsteiner), Capão do Leão (Estação de Terras Baixas da Embrapa Clima Temperado) e Jaguarão (Granja Bretanhas). Os produtores podem se inscrever na Embrapa Clima Temperado, em Pelotas, telefone (53) 275-8113 ou (53) 275-8400.

Questão básica 

As recomendações do projeto Marca são baseadas em resultados de pesquisa obtidos pela Embrapa Clima Temperado, ao longo dos últimos 30 anos, e da observação de resultados positivos alcançados por produtores. O pesquisador Gilberto Peripolli Bevilaqua, da Embrapa Clima Temperado, explica que as técnicas recomendadas pelo Marca são eficazes em aumentar a produtividade. “O estrangulamento da lavoura de arroz relaciona-se mais à adoção racional das tecnologias, pois os institutos de pesquisa têm sido eficientes em recomendar boas práticas para o aumento da rentabilidade, aliado à sustentabilidade ambiental e econômica da lavoura orizícola”, analisa Bevilaqua.

Recomendações 

• A estruturação da área e adequação da superfície do terreno para suprir a necessidade de água, garantir a altura da lâmina de água em toda a lavoura e a efetividade das práticas culturais

• Preparo antecipado para possibilitar o plantio direto e cultivo mínimo

• Semear na época indicada pelo zoneamento agroclimático. Assim, ocorre diferenciação da panícula até o dia 1º/01

• Estabelecer 200 a 300 plantas por metro quadrado uniformemente na área

• Aplicar o nitrogênio em cobertura, parcelado em duas vezes: no estádio de quatro a cinco folhas, em solo seco, procedendo a submersão deste em até 72 horas, e na diferenciação da panícula, sobre lâmina de água não circulante

• No controle de plantas daninhas aplicar produtos com maior poder residual em pré-emergência e produtos em pós-emergência conforme recomendação

• Estabelecer lâmina de água na lavoura até 30 dias após a emergência. Na fase vegetativa, a altura da lâmina indicada é de até cinco centímetros. No final do perfilhamento elevar para 10 centímetros e na microsporogênese para 15 a 20 centímetros por 15 a 20 dias

• Colher tão cedo quanto possível, após a maturidade fisiológica, com umidade do grão variando entre 18% e 23%

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