Qualidade até debaixo d’água

 Qualidade até debaixo d’água

Após a tempestade, a germinação

Lavoura inundada alcança 250 sacas por hectare
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O produtor de arroz Carlos Santos Goulart, de Palmares do Sul, descobriu na prática a importância de se utilizar uma semente certificada de qualidade. Mas foi preciso “levar um susto”. Na safra 2013/14, praticamente metade da lavoura de 78 quadras ficou inundada em consequência das fortes chuvas que caíram cinco dias após o final da semeadura. “Pensei que havia perdido tudo. O adubo, por exemplo, saiu todo com a chuva. Em algumas partes da área alagada a água chegou a atingir um metro de altura. Chamei o agrônomo para avaliar a situação e chegamos a tirar fotos para que eu pudesse encaminhar o pedido de seguro”, relata.

O receio do produtor era plenamente justificável. Ele já havia passado por essa mesma experiência alguns anos antes e, na ocasião, as perdas haviam sido enormes. “Eu costumava plantar a metade da lavoura com sementes certificadas e a outra metade com as sementes que eu salvava da safra anterior. Mas em 2013 eu havia decidido cultivar toda a área só com sementes certificadas. E foi a salvação da lavoura”, afirma Goulart.

Ele conta que após retirar a água decidiu, por sugestão do agrônomo, esperar para ver como a lavoura iria se comportar. O resultado, segundo ele, não poderia ter sido mais surpreendente: “A lavoura emergiu e as plantas vieram fortes e bonitas, como se nada tivesse acontecido. Nem foi preciso acionar o seguro. Quando chegou a época da colheita conseguimos tirar em média 250 sacas de arroz por hectare (12,5 mil quilos) graças a minha decisão de plantar só com semente certificada. Daqui para frente, nada mais de salvar. A gente aprende com a experiência”, garante o agricultor.

Sob medida
O Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) desempenha papel fundamental na pesquisa e na difusão da importância do uso de sementes certificadas na formação da lavoura arrozeira gaúcha. O instituto também é uma certificadora credenciada no Mapa e certifica sementes das categorias C1 e C2 de suas cultivares e também de outras empresas.

Há um variado leque de materiais para atender as diferentes necessidades do produtor e da indústria orizícola, como, por exemplo, aquelas com características que se diferenciam pela alta qualidade industrial, alta produtividade, maior tolerância a doenças ou a fatores de estresse bióticos e/ou abióticos, resistência a pragas específicas ou que combatem o arroz vermelho, ao permitirem – por tolerância – o uso de determinado herbicida visando o seu controle. Atualmente o produtor conta com uma série de características e tecnologias inseridas na semente, mas para isto é necessário obter um material de alta pureza genética, que só pode ser obtido com a referência da certificação.

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