Recorde. DE NOVO

Santa Catarina é invencível no quesito rendimento.

A safra 2005/2006 só não está sendo perfeita para Santa Catarina por causa dos baixos preços no mercado do arroz. Voltando a ocupar o posto de segundo maior produtor nacional do cereal, em razão da grande redução na área da lavoura matogrossense, o estado conseguiu, pela quarta vez consecutiva, melhorar sua produtividade média, estabelecendo um novo recorde brasileiro para o grão: 6,9 mil quilos de arroz por hectare.

Esse número, verificado na última semana de colheita, pode sofrer uma pequena alteração. Nada que reduza significativamente o percentual de Santa Catarina na safra total do país, calculado em 9,16% a partir do levantamento de abril da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Se o setor não estivesse tão descapitalizado, o presidente do Sindicato das Indústrias de Arroz (Sindarroz) do estado, Jaime Franzner, acredita que a produção seria ainda maior do que as 1.075.700 toneladas alcançadas.

Ele lembra que a lavoura orizícola catarinense começou a melhorar na safra 1997/1998, com a introdução de novas variedades de sementes da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural (Epagri). “Então, os produtores passaram a aplicar modernas tecnologias de cultivo do arroz”, acrescenta ele. Nesta safra 2005/2006, no entanto, muitos agricultores reduziram os investimentos, receosos com o mercado, que “só tende a praticar preços mais altos para o cereal depois de junho”. Santa Catarina não teve problemas de armazenagem.

SOCA
Na região norte de Santa Catarina, os trabalhos na lavoura de arroz ainda não acabaram. Tudo por causa do plantio da soca, adotado principalmente nos municípios de Guaramirim, Gaspar e Massaranduba. Nesses locais, os produtores têm obtido bons resultados com a rebrota da gramínea, uma prática restrita a áreas com clima mais quente nos meses de maio e junho, como o Centro-oeste do Brasil.

Questão básica
As lavouras catarinenses de arroz se caracterizam pela sistematização, uso do sistema pré-germinado e porte de pequeno a médio, destacando-se a mãode- obra familiar. Nesta safra, houve períodos de estiagem em dezembro e nos primeiros 15 dias de janeiro, verificados em locais definidos das regiões do planalto, meio-oeste e oeste. No mês de fevereiro e primeira quinzena de março, as condições meteorológicas foram normais, exceto em pequenas áreas atingidas por veranico, sem prejuízo para as lavouras já implantadas. As precipitações pluviométricas das semanas seguintes situaram-se abaixo da média histórica, mas de forma uniforme e bem distribuídas.

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