Reforço mineiro

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Diversidade: Epamig desenvolve variedades adaptadas ao clima mineiro

Minas Gerais lança três novas variedades.

Apesar da crise de preços na orizicultura, os órgãos de pesquisa de Minas Gerais não se acomodaram e estão colocando no mercado três novas cultivares. As variedades batizadas de Curinga, Seleta e Conai foram desenvolvidas atendendo demanda dos produtores, que enfrentam o desafio de produzir cada vez mais com menor custo. As novas sementes são o resultado da busca por plantas com características superiores, resistentes a doenças e às variações climáticas de Minas Gerais. 

As novas cultivares foram criadas através do programa de melhoramento genético do arroz de várzea da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), conduzido de maneira cooperativa e integrada com várias instituições de pesquisa do Brasil. Curinga, Seleta e Conai são cultivares que apresentam elevada produtividade, resistência a doenças e grãos com boas qualidades na indústria e na culinária.

Fique de olho
Curinga, Seleta e Conai foram desenvolvidas pela Epamig e Universidade Federal de Lavras (Ufla), em parceria com a Embrapa Arroz e Feijão e apoio da Universidade Federal de Viçosa (UFV), Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig).

Questão básica
O cultivo do arroz de sequeiro é considerado uma exploração de alto risco em Minas Gerais. O problema são as altas temperaturas que ocorrem nos meses de janeiro, fevereiro e março, causando perdas parciais ou totais das lavouras. A redução desse risco sempre foi uma preocupação da pesquisa, que vem procurando atenuar os danos do calor excessivo. Entre as alternativas possíveis estão: aumento da resistência à seca, o ajustamento da época de plantio, as práticas culturais como aração profunda e a redução do ciclo das cultivares. A obtenção de cultivares que associem resistência à seca com precocidade é um dos maiores desafios dos pesquisadores.

As novidades de Minas Gerais

Curinga 

– Ciclo de 132 dias

– Produtividade de 4.465 kg/ha 

– Cultivar melhorada para condições de várzea úmida ou drenada 

– Boa qualidade culinária. Grãos soltos e macios após cozimento 

– A primeira cultivar agulhinha, de alta qualidade de grãos, recomendada para as condições de várzea úmida ou drenada 

– Produção para sistemas de terras altas e várzea

Seleta 

– Ciclo de 130 a 140 dias 

– Produtividade superior a 6,5 mil quilos por hectare 

– Resistente ao acamamento e maior resistência à brusone que as cultivares em uso em MG 

– Indicada para cultivo sob condições de arroz irrigado por inundação contínua, com controle da lâmina de água, ou em condições de várzea úmida 

Conai 

– Ciclo de 108 dias 

– Produtividade média de 4.145 quilos por hectare 

– É a primeira cultivar de arroz de sequeiro superprecoce que possui grão agulhinha, os preferidos e os mais valorizados do mercado 

– Para plantio em terras altas

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