Rodada de negócios da Expoarroz agendou vendas de 8,4 milhões de dólares

A rodada de negócios da Expoarroz movimentou US$ 3,4 milhões nesta quarta, segundo levantamento realizado junto aos compradores.

Ampliar as possibilidades para os produtores de arroz escoarem o excedente de produção e melhorar a organização da cadeia do cereal são alguns dos objetivos da rodada de negócios realizada nessa quarta, dia 10, na Expoarroz 2011, em Pelotas (RS), que contou com compradores de nove países, além de tradings que levam o produto brasileiro para vários mercados.

Nas mesas, os vendedores de 18 empresas regionais mostraram produtos, explicando a qualidade e falando de aspectos sanitários e ambientais na tentativa de atingir o mercado internacional e trazer para a cadeia do cereal um pensamento exportador.

– Começa com o projeto de compradores, depois feiras, algumas feiras setoriais, ou ida de vendedores e empresas brasileiras pra fazer rodada de negócios fora, que a gente chama de projeto vendedor. Com o tempo, as empresas vão pegando mais experiência e então vamos aprofundando para a parte de imagem, internacionalização de empresas. É isso que a Apex procura fomentar nos setores produtivos brasileiros – declarou o gestor de Projetos da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), Alberto Bicca, sobre o plano de inserção das empresas no mercado internacional.

Para a Cooplantio, as exportações são uma estratégia. No acumulado de 2011, a cooperativa vendeu para o exterior três vezes mais que em todo o ano passado.

– O nosso foco sempre foi, desde o início, buscar mercado lá fora. Nós temos algumas pessoas trabalhando conosco, abrindo clientes. E como somos o inverso da grande maioria das indústrias que tem o mercado interno como seu cliente principal, o nosso principal foco é o mercado externo – explica o gestor da Unidade de Alimetnos da Cooplantio, Camilo Oliveira.

Mesmo com experiência no mercado internacional, a cooperativa também se beneficia da rodada de negócios.

– A rodada de negócios é muito interessante porque traz pessoas com as quais não temos contato. Por mais que busquemos os compradores lá fora, aqui é o momento em que ele pode conhecer a estrutura do arroz no Rio Grande do Sul, ou o arroz do Brasil, e conseguimos  explicar um pouco do nosso trabalho e mostrar o produto. Trazer amostra é uma ferramenta que facilita bastante o encontro do comprador e de nós, vendedores, pra tentar atingir e ampliar mercados – ressalta Oliveira.

O Panamá importa 20% do consumo total de arroz do país, estimado em 300 mil toneladas por ano. O representante panamenho na Expoarroz, Alberto Paz Rodrigues, disse que não conhecia o arroz brasileiro, gostou do que viu na feira, e vai começar as tratativas para comprar arroz parboilizado brasileiro. Ele diz que só não vai sair com o arroz comprado porque o processo inclui registros sanitários e empacotamento.

– É a primeira vez que venho e não posso ir com o arroz comprado porque tenho de passar por certos trâmites, há que tirar primeiro registros sanitários, fazer o empacotamento e coordenar algumas coisas para logo poder levá-lo. É mais fácil começar pelo arroz parboilizado porque o processo de introdução ao país é mais fácil – explica o panamenho.

A rodada de negócios da Expoarroz movimentou US$ 3,4 milhões nesta quarta, segundo levantamento realizado junto aos compradores. Para os próximos 12 meses já estão previstos mais US$ 5 milhões. O maior comprador foi São Tomé e Príncipe, do continente africano.

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