Safra 2007/08 terá a segunda fase do Programa ARROZ RS

IRGA quer produtividade média de 7,5 mil quilos por hectare nas lavouras gaúchas até 2010
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Depois de vencer com folga o desafio de aumentar a média de produtividade da lavoura gaúcha em uma tonelada nos últimos quatro anos, o Instituto Rio Grandense do Arroz está lançando a segunda fase do Programa Arroz RS, que agrega tecnologias, práticas e um conjunto de políticas voltadas ao desenvolvimento e à sustentabilidade da lavoura de arroz irrigado do Rio Grande do Sul.

O salto de produtividade de uma média de 5,2 mil quilos por hectare para mais de 6,5 mil quilos, no Rio Grande do Sul, está diretamente associado ao programa e a dois projetos, em especial, o Projeto 10/RS e o Sistema de Produção Clearfield, desenvolvido pelo IRGA em parceria com a Basf, mas que agora foi suspenso. O lançamento de novas e eficientes cultivares também está associado ao ganho produtivo, mas as práticas de alta eficiência no manejo preconizadas pelo sistema, fizeram um diferencial enorme.

Antes do Programa Arroz RS, o Rio Grande do Sul mantinha média de 5,3 mil quilos de arroz por hectare há 17 anos. Técnicas de preparo do solo antecipado, taipas de base larga, controle precoce de invasoras e pragas, irrigação e fertilização eficientes, são algumas das recomendações que estão fazendo toda a diferença, com impacto altamente positivo nas lavouras.

O objetivo maior do programa é impulsionar o desenvolvimento do setor, por meio do aumento produtivo, bem comor reduzir os custos de produção, diminuir o impacto ambiental da atividade e melhorar a qualidade do produto. A primeira etapa, lançada na safra 2002/03, atingiu o seu objetivo nos 133 municípios arrozeiros gaúchos.

Com mais de 30 projetos destinados a promover a sustentabilidade de toda a cadeia, o Arroz RS busca também fomentar a demanda interna, a exportação e a diversificação do arroz como matéria-prima para outros produtos. Para aumentar o rendimento do cereal, o presidente do Irga explica que foram transferidas novas tecnologias aos produtores e entregues novas cultivares.

– Mais de 6 mil pessoas foram treinadas pelo programa.

Junto com o aumento da produtividade, o programa desenvolvido pelo instituto também busca o aumento do consumo. Uma das alternativas que está sendo colocada em prática é a difusão do arroz na merenda escolar. Até o momento, nove prefeituras de regiões aderiram à iniciativa, mas a meta é ampliar a adesão.

Outro projeto que começa a ganhar fôlego a partir do Arroz RS é o de exportação. A intenção é que o Rio Grande do Sul amplie os embarques do cereal nos próximos anos.

– Queremos que pelo menos 10% da nossa produção seja negociada para outros mercados – informa o presidente do Irga, Maurício Fischer. Em 2006, o Estado comercializou cerca de 400 mil toneladas do produto. A safra gaúcha em 2006/2007 ficou em 6,2 milhões de toneladas.

Metas mais audaciosas
 
No início de outubro, provavelmente no dia 5 de outubro, o Irga irá apresentar à comunidade gaúcha as novas diretrizes do Programa Arroz RS, etapa 2007/2010. O presidente do instituto adianta que a experiência da primeira etapa vai possibilitar o estabelecimento de metas mais audaciosas para a lavoura de arroz do Estado.

– A idéia é que os índices de produtividade sejam ainda maiores, de tal forma que seja possível agregar mais uma tonelada por hectare, além daquela que já foi possível na primeira fase – explica.

As novidades desta segunda etapa serão apresentadas em Cachoeirinha, durante a cerimônia de lançamento oficial da abertura de colheita do Arroz, safra 2007/2008.

Com informações do Irga e Jornal do Comércio (RS)

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