Safra de arroz gaúcha chegando ao final

O rendimento médio é de oito mil quilos por hectare.

A safra da cultura do arroz se encaminha para o encerramento. A colheita já chega a 95% no Estado. O fato preocupante no momento é a escassez dos mananciais, que se agrava a cada semana sem a ocorrência de chuvas para recompor os volumes de água, determinantes para o planejamento da próxima safra.

Na regional da Emater/RS-Ascar de Bagé, o período de tempo seco foi favorável à colheita, que avançou durante a semana. As lavouras colhidas atingiram 96% da área cultivada, restando 4% em maturação fisiológica. Há um índice maior de áreas colhidas na Fronteira Oeste, e municípios como Uruguaiana, Barra do Quaraí e Itacurubi finalizam a operação em pequenas áreas. Na região da Campanha, em Bagé e Hulha Negra, restam 15% das lavouras a serem colhidas.

O rendimento médio é de oito mil quilos por hectare. Essa safra se caracteriza pela baixa incidência de doenças e insetos, promovendo boa sanidade de folhas, colmos e panículas. O controle de ervas daninhas foi adequado, devido à correta aplicação dos herbicidas e à alta disponibilidade de água na fase inicial do cultivo.

Produtores passam a definir as áreas de cultivo para a próxima safra, realizando operações de sistematização. Para tal definição, um fator importante a ser considerado é a capacidade hídrica dos mananciais.

Na regional de Pelotas, a colheita já alcançou 90% das áreas cultivadas. Em Rio Grande, chegou a 97%; em Pelotas, a 99%; em Santa Vitória do Palmar – maior área semeada da região, com 63.534 hectares – 90% das áreas já foram colhidas. O rendimento regional varia: em Rio Grande, a média tem sido de 9.205 quilos por hectare; em Pelotas, de 8.800 quilos por hectare e em São Lourenço do Sul de 7.550 quilos por hectare. A maior produtividade está no Chuí, com 10.050 quilos por hectare.

Na regional de Soledade, a fase predominante é de colheita, que já alcança 85% das áreas cultivadas, favorecida pela predominância de tempo seco na semana. Em geral, a qualidade dos grãos é boa e com bom rendimento de engenho. A produtividade média é de 6.640 quilos por hectare. A disponibilidade de água para a irrigação proveniente de rios, riachos e açudes continua baixando de nível, sendo necessário adotar racionamento na irrigação. Tal fato tem contribuído para a redução do potencial produtivo das lavouras.

Nas regiões de Santa Maria e Santa Rosa, a colheita está em ritmo intenso. Na primeira, já alcançou 90% da área cultivada, e a produtividade média está em 7.130 quilos por hectare. Em Santa Rosa, a colheita está mais adiantada, chegando a 96%, com rendimento médio de oito mil quilos por hectare.

Na regional da Emater/RS-Ascar de Porto Alegre, a colheita foi realizada em 83% da área plantada. Os grãos colhidos são de boa qualidade. O rendimento médio está em 7.060 quilos por hectare. Nas demais áreas, 1% está em fase final de enchimento de grãos e 16% em fase de maturação, apresentando bom desenvolvimento devido ao tempo quente e seco. Até o momento, as lavouras estão sadias, com pouca presença de doenças e pragas.

Mercado (saca de 50 quilos)

No levantamento semanal de preços realizado pela Emater/RS-Ascar, a cotação média do arroz no Estado foi de R$ 53,88/sc., um aumento de 1,11% em relação ao preço cotado na semana anterior.

Na regional de Bagé, o preço variou entre R$ 46,50 e R$ 58,40/sc.; na de Pelotas, entre R$ 51,00 e R$ 58,40; em Santa Maria, chegou a R$ 54,10; nas de Soledade, Santa Rosa e Porto Alegre, o arroz foi comercializado a R$ 54,00/sc.

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