Safra de grãos mantém recorde de mais de 130 milhões t
Há perdas no arroz de 2,7% (de 11,7 para 11,4 milhões t) e no feijão total de 3% (de 3,5 para 3,4 milhões t). Isso se deve à falta de chuva nos meses de março e abril na região Centro-Oeste e às baixas temperaturas que prejudicaram as lavouras no estado do Paraná, no mês passado..
A produção da safra brasileira de grãos do período 2006/07 foi estimada nesta terça-feira pelo presidente da Conab, Jacinto Ferreira, em 130,68 milhões de toneladas. O número consta do nono levantamento e segue como o maior da história. É também 8,1% superior ao registrado na safra anterior, de 120,92 milhões t. Já na comparação à pesquisa do mês passado (130,72 milhões t), houve um pequeno ajuste para baixo de 0,04%. Estatisticamente, essa redução não altera o resultado divulgado em maio.
A manutenção se deve ao aumento na colheita de alguns produtos e a queda de outros. Em relação à colheita passada, o crescimento mais significativo é do milho total, com 19,2% (de 42,5 para 50,7 milhões t), da soja, com 8,62% (53,4 para 58 milhões t) e do algodão em caroço, com 35,9% (de 1,7 para 2,3 milhões t). Por outro lado, há perdas no arroz de 2,7% (de 11,7 para 11,4 milhões t) e no feijão total de 3% (de 3,5 para 3,4 milhões t). Isso se deve à falta de chuva nos meses de março e abril na região Centro-Oeste e às baixas temperaturas que prejudicaram as lavouras no estado do Paraná, no mês passado.
Neste levantamento foram também avaliados os primeiros números da produção de trigo para o ciclo 2007/08. A cultura registra um crescimento de 71,8% em relação à safra de 2006/07, saindo de 2,23 para 3,84 milhões t. O aumento é reflexo da retomada de área e da recuperação da produtividade.
Plantio
Levando em conta as plantações do período passado, o estudo mostra que a área cultivada encolheu 2,7% (de 47,3 para 46,1 milhões hectares). A cultura mais atingida é a soja, que passou a ocupar uma área 7,1% menor (de 22,2 para 20,7 milhões de hectares). Por outro lado o milho segunda safra teve a área ampliada em 32% (de 3,3 para 4,4 milhões de hectares).
O trabalho foi realizado por 68 técnicos, que estiveram em campo no período de 21 a 25 de maio, em 545 municípios. Foram distribuídos 1.635 questionários junto a representantes de cooperativas, associações e entidades públicas e privadas do setor produtivo. Acesse aqui o estudo completo.