Saldo mensal da balança comercial de arroz em julho é o maior da história

No mês passado, Cuba, Peru, Venezuela, Estados Unidos e Costa Rica foram os principais destinos do arroz beneficiado brasileiro.

A balança comercial brasileira de arroz teve em julho o maior superávit mensal da sua história. No mês passado, o país exportou 298,9 mil toneladas do cereal (base casca) e importou 45,1 mil t, com saldo de 250,8 mil t. Os números foram divulgados pela Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz) e pelo Sindicato da Indústria do Arroz do Rio Grande do Sul (Sindarroz-RS), com base em dados do Ministério da Economia.

No mês passado, Cuba, Peru, Venezuela, Estados Unidos e Costa Rica foram os principais destinos do arroz beneficiado brasileiro, num total de 109,4 mil toneladas (base casca), informa o diretor-executivo do Sindarroz-RS, Tiago Sarmento Barata.

A maior parte do volume exportado, assinala o executivo do Sindarroz-RS, foi de arroz em casca: 127,6 mil toneladas, representando 43% do total escoado.

"Este resultado reafirma o fato de que o Brasil hoje goza de imagem positiva no mercado internacional como fornecedor de arroz de qualidade, disponibilidade do produto ao longo do ano e seriedade na condução dos negócios", destava Gustavo Ludwig, gerente do Brazilian Rice, projeto de promoção comercial desenvolvido pela Abiarroz em parceria com a Apex-Brasil.

Acumulado no ano comercial

No acumulado no ano comercial (março/julho), o Brasil exportou 1.098,6 mil t de arroz, superando em 727,9 mil t o volume importado. "Em comparação ao mesmo período no ano passado, houve um incremento de 97% no volume vendido", diz o executivo do Sindarroz-RS.

Segundo Tiago Barata, apesar do enxugamento do produto no mercado interno, "as importações seguem em volumes discretos por causa da elevada paridade cambial."

Nos primeiros cinco meses do ano comercial, foram importadas 368,7 mil t, redução de 19% em relação ao volume internalizado no mesmo período de 2019.

"A intensa valorização da matéria-prima no mercado doméstico e a iminente redução das principais cotações internacionais, com a entrada das safras, tendem a viabilizar a opção de abastecimento em terceiros mercados nas próximas semanas", pontua o executivo do Sindarroz-RS.

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