Secretaria da Agricultura e Federarroz definem mobilização em busca de apoio à fixação de cotas de importação
Abertura Oficial da Colheita de Arroz acontece dia 23, em Restinga Seca.
Logo após a abertura oficial da Colheita do Arroz, marcada para o próximo dia 23, em Restinga Seca, a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio e a Federação das Associações dos Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) iniciam uma grande mobilização em busca de apoio à proposta de definição de cotas para a importação de arroz dos países do Mercosul.
A decisão foi tomada durante encontro do secretário da Agricultura, Luiz Fernando Mainardi, e do presidente do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), Claudio Pereira, com o presidente da Federarroz, Renato Rocha, e com o vice da entidade, Daire Coutinho.
“Depois de superarmos uma maiores crises da História da lavoura orizícola, na safra 2010/2011, quando registramos um excedente de produção, que acabou achatando os preços, e conquistarmos, no ano passado a renegociação das dívidas dos orizicultores, queremos, agora, que o Brasil adote o mecanismo de fixação de contas para que possamos planificar a produção arrozeira”, explicou o secretário Mainardi.
Com isso, espera-se ajustar a produção à demanda do mercado. “Sabemos o consumo interno, bem como a média do que exportamos, então, precisamos quantificar o que importamos, para definir a área a ser plantada e, com isso, evitar excesso de oferta”, detalhou Pereira.
De acordo com Mainardi, prática como esta é adotada em vários países do Mundo, como os Estados Unidos. A planificação, esclareceu o secretário da Agricultura, permite assegurar a renda do produtor, que pode usar as áreas que, eventualmente venham a ficar ociosa numa safra, para o plantio de outras culturas, como a soja e o milho.
O secretário, acompanhado do presidente do Irga e de diretores da Federarroz, vão percorrer entidades de classe, como Farsul, Fetag, Fiergs, Fecomércio e outras, bem como manter contatos com deputados estaduais e representantes gaúchos no Congresso Nacional em busca de apoio à medida, que será apresentada ao ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho e, num segundo momento, à presidenta Dilma Rossef.
2 Comentários
lideranças claro que cotas e diminuição de area são importantes mas acho que se continuarmos com o custo de produção mais alto que o de comercialização nao chegaremos a lugar nenhum o problema de dividas vai continuar
Importante a análise feita pelo comentarista acima, visto que, enquanto não for atacado os problemas estruturais da lavoura: – arrendamento; monocultura (já está iniciando); muito imobilizado em máquinas, secadores,silos ; e, comercialização – não se terá a relação positiva entre a receita e o custo de produção. A questão conjuntural da importação ou exportação, apenas tangencia os reais problemas estruturais da lavoura.