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Uma parceria entre duas empresas tradicionais na área industrial orizícola está proporcionando uma importante inovação no conceito de produtividade e redução de custos para a linha de beneficiamento de arroz dos engenhos do Mercosul. A Italbrás, marca argentina com 60 anos de experiência na fabricação de abrasivos sólidos de liga vitrificada, agora instalada em Cachoeira do Sul, e a SR Agroindustrial, de Santa Maria, estão colocando no mercado a brunidora cônica vertical BCV 25, com motor de 25 HP. Conforme o engenheiro argentino Carlos Langanoni, trata-se de uma máquina que extrai o farelo para deixar o grão do arroz branco no nível de polimento, brancura e grãos inteiros que o mercado exige. A brunidora BCV 25 estará em exposição na 12ª Fenarroz, de 13 a 19 de maio, em Cachoeira do Sul. Informações podem ser obtidas pelo fone (51) 3723-8391 ou pelo e-mail italbras@uol.com.br.

 

De olho

A falta de diálogo e o confronto de interesses, embora muitas vezes sejam os mesmos, acabaram enfraquecendo politicamente o setor orizícola através dos anos. Hoje o objetivo é criar mecanismos que assegurem liquidez ao negócio. A principal queixa é de que a indústria e os produtores estão na mão dos supermercados, reunidos em poucos grupos e que determinam os preços do produto.

 

A melhor notícia da safra

1. O Governo do Estado do Rio Grande do Sul atendeu, no início de março, uma das principais reivindicações do setor industrial arrozeiro gaúcho para alcançar maior nível de competição no mercado nacional. O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços sobre o cereal industrializado foi reduzido de 12% para 7% no arroz industrializado vendido para os estados do Sul e Sudeste. Trata-se do Programa de Incentivo ao Setor Arrozeiro Gaúcho, que deverá melhorar o escoamento da safra que começa a ser colhida no Rio Grande do Sul.

2. O governador Olívio Dutra reconhece que a tecnologia utilizada na lavoura gaúcha do arroz dá aos orizicultores do estado condições muito favoráveis de competição no mercado nacional com o produto gaúcho. A disputa está sendo mantida no terreno da guerra fiscal e este incentivo voltará a compatibilizar a competitividade da indústria rio-grandense.

 

Arroz de Sequeiro

Lavouras de arroz de terras altas começam a surgir em maior quantidade ao lado da produção gaúcha em várzeas. A cena, até pouco tempo insólita, tornou-se comum na região central do Rio Grande do Sul. Depois de produtores de Cachoeira do Sul adotarem a produção, agora é a vez dos associados da Cooperativa Agrícola Mista Nova Palma (Camnpal), de Dona Francisca, testarem materiais produzidos pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Entre as variedades testadas estão BRS Talento, BRS Bonança e BRS Canastra. Técnicos da Embrapa Arroz e Feijão, de Goiás, visitam as lavouras para confirmar o desenvolvimento obtido até agora. A análise inicial é de que a alternativa está gerando renda extra, principalmente nas lavouras plantadas no sistema de agricultura familiar. O arroz de terras altas exige umidade elevada durante o seu desenvolvimento e por isso se adaptou bem às várzeas da Depressão Central gaúcha. Dos 16 mil hectares plantados pelos cooperados da Camnpal, mil foram plantados com arroz de sequeiro.

 

Tem saída

A agroindústria arrozeira gaúcha tem grande potencial para ampliar o setor de beneficiamento de arroz. A cadeia produtiva do grão possui nada mais, nada menos que 14 mil produtores localizados quase à totalidade na metade sul do Rio Grande do Sul, região considerada a mais pobre e menos industrializada do estado. É chão. Governador Olívio Dutra promete mais apoio para a cadeia do arroz.

 

Agenda

Acontece em agosto o 1º Congresso da Cadeia Produtiva do Arroz. O evento ocorre paralelamente à VII Reunião Nacional da Pesquisa de Arroz (Renapa), no Centro de Convenções de Florianópolis (SC), entre os dias 20 e 23. A Renapa é promovida pela Embrapa Arroz e Feijão, de Santo Antônio do Goiás (GO), para apresentar e discutir os resultados mais relevantes do setor nos ecossistemas de várzea e terras altas com a comunidade científica brasileira. Numa nova estratégia de atuação, buscando o atendimento das demandas nacionais, a Embrapa ampliou esta reunião para atender os demais elos da cadeia produtiva do arroz. Assim, foi organizado também o Congresso do Arroz. O evento terá debates, propostas e apresentação de dados, áreas de consumo, indústria, mercado e produção do arroz.

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